A Guerra Espadas de Ferro já é a mais longa que Israel trava contra seus inimigos e já está no seu 357 dia. A Hizballah logo no início se solidarizou com a organização terrorista Hamas e lançou seus misseis contra o Estado de Israel. O Ministro da Defesa, Gallant com os comandantes militares pediram no dia 11.10.23 para retalhar violentamente contra esta organização extremista xiita, mas o primeiro ministro, Netanyahu não autorizou. Passados 11 meses de guerra contra a Hamas, as FDI foram autorizadas a combater o inimigo do norte, a Hizballa e iniciou-se a Operação Flexas do Norte. (porque operação e não a guerra?). Munidos de ótimos alvos fornecidos pelo Serviço de Inteligência e para preservar ao máximo a vida de inocentes, foi acionada a Força Aérea de Israel (FAI). Esta foi e em menos de uma semana praticamente matou a liderança militar da Hizballah.
A espetacular operação de cortar a comunicação entre os ativistas da Hizballah, explodindo seus pagers e walkie talkies, deixou esta organização terrorista aterrorizada e incrédula, atingindo ao mesmo tempo cerca de 5.000 terroristas feridos e sem comunicação. A FAI, munida de inteligência precisa partiu bombardeando os canos de lançamento de misseis da Hizballah. Nos dias posteriores foi também atrás dos altos comandantes terroristas, liquidando praticamente toda a cúpula deles, exceto o Nasrallah, que continua dizer prosseguir a guerra até terminar a de Gaza.
Durante anos o Serviço de Inteligência de Israel completou as informações necessárias, usando pessoas (Humint), tecnologia e sinais (Sigint), comunicações (Comint), visualização (Visint) e de fontes abertas (Osint). As capacidades excepcionais do Serviço de Inteligência israelense e dos executores das informações (aviação) e a determinação de tomar riscos, surtiu o efeito desejado frente a Hizballah. O comandante da Área Norte das FDI, general Uri Gordin está puxando para entrar no Líbano com soldados, antes da vinda do inverno. O receio é que uma invasão terrestre vai expandir a guerra entrando o Irã, Síria e outros.
Na terça-feira (23) a FAI fez o maior número de incursões sobre alvos da Hizballah. Pelo fato de que a Hizballah se esconde em áreas habitadas e dentro de casas aluga espaço para colocar seus mísseis, O exército israelense lançou panfletos, fez 80.000 ligações telefônicas pedindo aos civis afastarem se de suas casas, 1 km. Mais de 1.300 alvos foram atingidos, depósitos de munição, misseis, drones e canos de lançamento foram destruídos. A Hizballah para não se dar por vencida lançou na terça e quarta feira (25) centenas de misseis e foguetes, inclusive 1 para o subúrbio de Tel Aviv. A grande maioria dos misseis foram abatidos pelo Domo de Ferro e pelo Estilingue de David. Não houve vítimas humanas. Cerca de 500.000 libaneses deixaram o sul do país, formando enormes congestionamentos e foram se abrigar em Beirute e no norte do país. A maioria é xiita e não há dúvidas de que este êxodo faz certa pressão no Nasrallah, que mesmo escondido no seu refúgio subterrâneo sente o sofrimento do seu povo, ao contrário do Sinwar, em Gaza. Israel tenta evitar ao máximo a entrada terrestre no Líbano. Isto sem dúvida causará muitas vítimas e se não for necessário, não o fará.
Na quinta-feira, apesar de estarmos em plena guerra, Netanyahu evidentemente acompanhado pela esposa (?) viajou para Nova York e dará sua fala na sexta-feira(27) na Assembleia Geral da ONU, já esvaziada dos líderes mundiais. Desfrutarão de um fim de semana, pois sua viagem não traz nenhum valor diplomático e não terá encontros em N.Y. Enquanto isto parece que os presidentes dos EUA e da França organizaram um cessar fogo para 21 dias. A Hizballah continuou alvejar povoados israelenses, embora em ritmo menor. O partido do Be Gvir que se opõe ao cessar fogo, diz que não apoiará o governo. O Irã alertou o Nasrallah de não cair na armadilha de Israel que quer liquida- lo. O Irã investiu bilhões de dólares construindo a Hizballah que agora junto com a Hamas e a Síria estão apanhando. Cerca de 70.000 israelenses estão há cerca de 1 ano fora de seus lares. Que outro país alertou os cidadãos de um país inimigo de deixarem suas casas que vão ser atacadas? Israel avisou os libaneses que não tem nada contra eles e que sua luta é contra o terrorismo da Hizballah. De fato, os moradores do sul do Líbano, inclusive os xiitas que são a maioria na região estão revoltados contra Nasrallah que sacrifica o Líbano pelos palestinos. É possível que no final desta rodada, Nasrallah dirá novamente como foi em 2006, quando sequestrou e matou 3 soldados israelenses e não calculou qual seria a reação israelense. Na época disse: "se eu soubesse que Israel vai agir assim, não faria o que fiz." O Prof. Uzi Rabi diz que o Líbano foi sequestrado por um cavalo de Tróia-a Hizballah. Os libaneses gostariam de voltar a viver como antes, ter negócios, cassinos, enfim a Suíça do Oriente Médio.
Nestes dias em que Israel está combatendo a Hizballah no norte, quase nada se ouve do que acontece na Faixa de Gaza, no sul do país. Israel transferiu grandes tropas ao norte e ativistas da Hamas voltam a tomar conta da ajuda alimentar e humanitária que se entrega aos cidadãos de Gaza. O exército pensa em fazer a distribuição dos bens ou em entregar esta missão a Autoridade Palestina. Por enquanto nada se ouve da possibilidade de libertar os 101 reféns, vivos e mortos das mãos sinistras da Hamas. Numa reunião governamental, o premier Netanyahu disse que só a metade ainda está viva. Ninguém sabe do paradeiro do Sinwar, que parece perderam seu contato há 2 semanas. Na quinta feira (26) a troca de fogo diminuiu, mas não cessou e ninguém sabe se entrar em vigor um cessar fogo, quais serão as suas condições e se uma condição essencial da volta dor sequestrados às suas famílias está condicionada.Na quinta ainda houve tiros.
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