Já sabíamos...
Infelizmente, na medida em que a guerra contra o Hamas avança, mais na forma de uma guerrilha urbana, onde nossos soldados não podem exatamente distinguir quem é amigo, ou quem é terrorista, pois cada porta, cada janela, ou ainda cada pessoa que surge, quer seja homem, mulher, criança, ou idoso, representa uma ameaça e por essa razão nosso objetivo de eliminarmos o Hamas por completo custará muito tempo, recursos e vidas de bravos soldados.
Sabemos também que a guerra contra o Hesvolá, quer seja com ou sem a utilização de forças no território libanês, é a única solução para empurrar estes terroristas de volta à zona demarcada pela resolução 1701 da ONU, para que os 85.000 israelenses moradores das cidades do norte, ora deslocados, possam retornar em segurança aos seus lares.
Porém já sabíamos que quando a guerra entrasse numa “rotina” para o mundo e para os políticos, quando a mídia não pudesse causar mais impactos nas imagens bombardeadas massivamente, quando todos estivessem acostumados à situação, nós estaríamos sós.
E foi o que aconteceu nesses últimos tempos. Antes mesmo de podermos alcançar nossos objetivos principais que garantam nossa segurança, nosso maior “aliado”, os Estados Unidos, exigem que declaremos o plano para o pós guerra. Mas a declaração tem que ser do jeito que a atual administração quer e tem que vir rapidamente.
A casa Branca e outros congressistas do partido, incluindo vários judeus (impensável), precisam das declarações do governo israelense de que Israel no pós guerra apoiará a solução de dois estados, para mostrarem-se bonzinhos e solidários com o povo palestino e a opinião pública e assim agregar valor na campanha de reeleição presidencial.
E para tentar convencer o governo israelense, a Casa Branca ofereceu a Israel um acordo de paz com a Arábia Saudita, entre outras vantagens. O que será que foi oferecido para a Arábia Saudita?
Independente dessa ser a solução viável, não é o momento de ser pensada. A prioridade é estabelecer a segurança na faixa de gaza com a eliminação do Hamas e uma nova liderança compatível com esta solução de dois estados e que reconheça o direito de existência de Israel.
Da mesma forma, tem que se fazer valer as opiniões de 80% dos judeus Israelenses e 70% dos árabes israelenses de que no momento não cabe discutir a solução de dois estados, mas sim garantir a existência de Israel e a segurança dos israelenses. Mas o “timing” para a administração americana é outro.
As ameaças de cortes no fornecimento de recursos financeiros e armamentos por parte do congresso americano, movidas pela pressão da Casa Branca podem fortalecer os grupos terroristas. Apesar de catastrófico para Israel e para o mundo, mais uma vez vemos políticos colocando seus interesses pessoais a frente de tudo, ignorando as desastrosas consequências.
Pois então, a quem a administração americana tem que agradar? Aos crescentes antissemitas que realizam passeatas pró Palestina nas ruas, aos acadêmicos antissemitas das grandes universidades americanas, aos outros países árabes e ao mundo árabe em geral. Ou seja, a todos menos aos judeus e a Israel.
Não se prevê os desdobramentos dessa guerra política, mais uma dentre todas as que Israel tem que lutar.
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