Após 418 dias de guerra, finalmente os governos libaneses e o de Israel assinaram acordo de cessar fogo, intermediado pelos Estados Unidos. O acordo entrou em vigor na quarta-feira(27), as 4:00hs da madrugada. Este é o acordo: -Hizballah e todas as organizações militares no Líbano não farão nenhuma atividade militar contra Israel. Israel, em contra partida também não realizara atividades militares contra o Líbano. Israel e o Líbano reconhecem a importância da resolução da ONU, 1701.
Estes compromissos não negam o direito de Israel e o Líbano a defesa própria. As forças de Segurança do Líbano são os únicos com direito a usar armas no sul do país.Toda venda, fabricação de material bélico será sob supervisão do exército libanês.Serão desmanteladas as instalações envolvidas na fabricação de armas no Líbano. Tem que desmontar todos os postos militares e armamento da Hizballah Será constituída comissão aceita por Israel e Líbano que supervisionara o cessar fogo.
O exército e forças de segurança libanesas estarão junto a fronteira com Israel. O exército israelense retirará suas tropas do Líbano em 60 dias. Os EUA incentivarão Israel e o Líbano traçar a fronteira terrestre aceita por ambos.
Junto ao acordo, há carta de garantias americanas para a preservação do acordo que diz: cooperação entre os serviços de Inteligência dos 2 países, os EUA poderão passar ao governo libanês informações dadas por Israel, sobre violações do acordo. EUA cooperará com Israel para barrar as ações do Irã no Libano.
O acordo foi costurado pelo enviado especial dos EUA, Amos Hochstein, que não perdeu a esperança e a fé fazendo várias viagens ao Oriente Médio até conseguir o efeito desejado. No lado libanês esteve o líder do partido Amal e líder do Parlamento, Nabia Berri, xiita, que se aliou a Hizballah, apesar de ser mais moderado e depois a abandonou.
A organização terrorista Hizballah se rendeu por 3 motivos: Israel conseguiu cortar o fornecimento de material bélico da Síria, atacando comboios com aviões. As Forças Armadas de Israel (FDI ou Tsahal) conseguiram destruir a maioria do arsenal no bairro de Dahiya e pelo sofrimento dos xiitas, dos quais 1.250 milhão fugiu de suas casas, tornando se refugiados no país. Tem que levar em conta de que o inverno chegou a Israel e vizinhança. Esta semana já nevou no Monte Hermon e as chuvas também chegaram o que dificulta a vida de civis e militares.
Israel não tem muita confiança nas forças de segurança e exército libanês e nem nas forças da UNIFIL que já demonstraram serem impotentes e até colaboracionistas da Hizballah. A carta de entendimento e garantias dos Estados Unidos é da maior importância. Não há dúvidas de que Israel destruiu a maior parte do poderio militar da Hizballah e até do seu líder, Hassan Nasrallah. Se vivesse, Nasrallah poderia repetir o que disse em 2006, que se soubesse que esta seria a reação de Israel, não abriria fogo. Com o acordo, Israel desligou a conexão entre as duas organizações terroristas, Hizballah e Hamas. Também diminui a intenção de impor sanções em fóruns internacionais. Além disso, diminuirá as tropas, principalmente dar folga aos reservistas que servem mais de 200 dias e agora concentrar se em chegar a um acordo com a Hamas na libertação dos 101 reféns, entre vivos e mortos.
Quem está insatisfeito com o acordo são as dezenas de milhares de habitantes do norte do país que não querem voltar aos seus lares (muitos destruídos e ou danificados) por temor que pode acontecer um novo 7 de outubro no Norte. Mesmo com o cessar fogo, logo cedo de manhã Tsahal teve que atirar no ar para afugentar terroristas da Hizballah que pretendiam voltar as aldeias próximas da fronteira com Israel. (que é proibido pelo acordo).
Em terroristas já se sabe que não dá para confiar. Mesmo durante as negociações, o diretor geral do jornal Al Akbar do Líbano, ligado a Hizballah, Ibrahim al Amin, publicou na quarta-feira (20) artigo criticando violentamente os libaneses que se opõe a Hizballah. Estes não agem por interesses do Líbano e sim por aspirações dos EUA, Europa e países do Golfo(Pérsico), alegou. Continua e escreve que "o cessar fogo não significa o fim da "resistência". A atual guerra da Hizballah é só mais uma rodada na guerra contra Israel, a quem temos que exterminar." E é com esta gente que Israel tem que lidar. Nas fotos acima vê-se lançadores de misseis da Hizballah em áreas habitadas e quando são atacadas e destruídas correm chorar na ONU e outras organizações que Israel ataca civis. Aliás, nota-se que do Líbano não há detalhes de quantos civis foram mortos, comparando com os números exagerados e inventados de Gaza.
A aviação israelense conseguiu neutralizar o poderio militar da Hizballah. Os aviões continuarão sobrevoando o Líbano por fins de Inteligência e dados sobre a Hizballah. Agora, que um front entrará, assim esperamos, em cessar fogo, o governo com as Forças de Defesa de Israel podem dar maisatenção a Hamas, que era menor da Hizballah e tem em seu poder 101 reféns, sofrendo todas as privações, como falta de alimentos, tratamento de saúde, estupros e que estão em tuneis sem sol há 418 dias. A ONU condenou esta conduta? Talvez o Tribunal Penal Internacional? Não. Não dá para uma pessoa consciente e normal pensar o que passa um/a refém tanto tempo nestas condições e sem poder se comunicar com ninguém. Parece que o governo israelense também não deu a devida atenção a esta tragédia. Talvez agora o foco estará mais centralizado nisso e poderá chegar a um acordo para libertar os sequestrados para Gaza, o retorno dos que saíram de suas casas e completar a transação dos prisioneiros". 'Nós concordamos com o cessar fogo no Líbano e esperamos que isto abra a possibilidade de terminar a agressão contra o nosso povo".
Pelo visto, há vozes na Hamas que já falam em entrar em acordo com Israel. Um dos líderes, Abu Zahiri, falou ao jornal Shark al Awsat, "estamos determinados a parar a violência contra o nosso povo". Evidentemente ele ignora propositadamente que quem iniciou esta guerra foi a Hamas, na sua selvagem invasão do Estado de Israel e assassinar 1.200 pessoas.
Continua que "estamos dispostos a cessar fogo se Israel retirará suas tropas de Gaza O expert em assuntos do Oriente Médio, prof. Amatzia Baram, diz que a Hizballah não vai admitir, mas perdeu nesta guerra. As ações de Tsahal criaram uma realidade complexa.
Os xiitas estão sob pressão de dentro e fora do Líbano. Já há muitas vozes, inclusive xiitas que se opõe a Hizballah que lhes trouxe esta tragédia. Cerca de 1.250 milhão de libaneses, da Dahiya e do sul do país, a maioria xiita tornou-se refugiados e buscam lugar no Líbano e até mesmo na Síria. Os drusos, cristãos e os sunitas não os recebem, pois veem nos xiitas os responsáveis pela guerra, que fizeram para ajudar a Gaza e não o Líbano. O aluguel, especialmente em Beirute subiu mais de 2 vezes. Quanto mais Tsahal pressionou a Hizballah, a moral desta organização em segurar seus homens na luta vai enfraquecendo. O partido O Patriota Livre, cristã- maronita, aliada da Hizballah na coalizão, saiu desta aliança. Seu líder Jubran Bassil, que tem 17 membros no Parlamento, de 128, não mais apoiam a Hizballah. Os cristãos e os drusos se opõem a Hizballah. Israel conseguiu desestabilizar a base do apoio social da Hizballah. O Irã também está sob pressão pela eleição de Trump.
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