A mais longa guerra que Israel está travando, que já está no seu 413º dia, com 803 soldados mortos e 900 civis, parece que no front libanês vai chegando a um fim. O enviado especial dos EUA, Amos Hochstein voltou e está ao Oriente Médio, depois de dizer que só voltaria se tivesse algo concreto para tratar.
Esta pode ser uma das razões que a Hizballah intensifica seu fogo sobre Israel, para mostrar que ainda tem poder de fogo. Seu líder, Naim Qassem num discurso na quarta-feira (20) ameaçou bombardear Tel Aviv, revidando aos ataques de Israel no bairro da Hizballah, Dahiya.
(na foto, tela da TV informando que há alarmes em Tel Aviv e no lado direito da tela das demais localidades que os cidadãos devem se proteger nos abrigos blindados ).
O bairro xiita de Dahiya, na capital libanesa, sofreu vários ataques da aviação israelense. Israel é o único país que avisa antecipadamente a população de certos edifícios a serem atacados. Por isso o porta-voz das FDI para os árabes, Coronel Avichay Edreei é dos mais conhecidos no Líbano. Depois da grande destruição neste bairro e que a situação do Líbano, mesmo antes da guerra já era caótica, há os que ousam agora levantar-se contra a Hizballah, que praticamente sequestrou o Líbano. Hizballah, de um partido político, formou um exército maior e mais bem equipado do que o exército libanês. Mesmo o líder do partido A Corrente Patriótica Livre, Gebran Bassil, cristão que apoia a Hizballah, criticou o órgão xiita e rompeu com a Hizballah. O líder cristão, Samir Geagea, do partido As Forças Libanesas, em entrevista exortou a Hizballah voltar a ser partido político e assim defender a causa dos xiitas. Antes da guerra, ninguém se atreveu a enfrentar o Hizballah.
O acordo que agora está sendo discutido, trata de um cessar-fogo, implementação das resoluções da ONU 1701 e 1559.- A retirada das forças israelenses do território libanês em 60 dias. Israel exige livre acesso das Forças de Defesa de Israel no Líbano, quando detectar violação dos acordos. Este parágrafo deve ser trivial, pois nenhum país toleraria que seu inimigo, a Hizballah- se armasse novamente. – A Hizballah se estabeleceria ao norte do Rio Litani e ao sul dele só haveria presença do Exército Libanês e força da UNIFIL. Esta impotente força da ONU, seria reforçada por comandantes americano e francês. - O Líbano quer a libertação dos presos libaneses durante a guerra e o retorno dos cidadãos às suas aldeias e cidades. Estas que estão mais próximas da fronteira com Israel, foram destruídas pois de lá (que é topograficamente mais alto) forças terroristas da Hizballah alvejaram as localidades israelenses e de casas nas aldeias xiitas foram cavados túneis em direção a Israel.
Hoechstein, depois de falar com as autoridades libanesas, agora está em Israel. Se chegarem a um acordo, será a primeira vez desde 7 de outubro o desligamento entre o Líbano e Gaza.
Depois da destruição de arsenais da Hizballah, notou-se o jogo duplo do Putin, que Netanyahu pensou ser aliado de Israel. Na Síria, até coordenam ataques para não atingir bases russas neste país.
Agora, Putin voltou-se totalmente ao lado dos xiitas no Líbano e no Irã. A quantidade e a qualidade de material bélico russo pego por Tsahal (Exército de Defesa de Israel) surpreenderam. O Rio Litani passa 4 km. no lugar mais próximo de Israel. Altos oficiais aconselham a criação de uma zona de segurança para Israel, de 5 a 8 km. dentro do Líbano com a fronteira de Israel. Eles acreditam que Israel perderia o que conseguiu nesta guerra, pois não tem nenhuma confiança se Israel se baseará no controle do exército libanês e na UNIFIL.
Israel quer maior segurança e proteção para os seus habitantes. Uma das consequências dessa guerra foi mostrar sua superioridade militar, na guerra contra a organização terrorista Hamas e a organização terrorista Hizballah. Israel conseguiu eliminar os comandantes e chefes dessas organizações. O governo israelense avisou que a Hizballah tem 150.000 mísseis e foguetes que ameaçam Israel e fariam graves danos. Este foi um dos motivos que Israel não atacou as instalações atômicas do patrono das duas organizações, o Irã, temendo represália da Hizballah. Mas agora parece que foi uma onça de papel.
Israel contra atacou o Irã em 2 ocasiões, inclusive num ataque em que participaram mais de 100 aviões e exterminaram as baterias antiaéreas dos aiatolás. Há os que
acham que esta é a janela de oportunidade, quando o mandato Biden está no fim e antes da entrada do governo Trump, em que Israel tem que atacar as instalações de plutônio, urânio, água pesada, enfim todos os ingredientes na fabricação de bombas atômicas.
Torcemos para que tenhamos um acordo com o Líbano e Hizballah bem enfraquecida para que todos os habitantes do norte de Israel, possam voltar aos seus com segurança.
O que ainda não tem fim é a interminável guerra no sul do país com o Hamas. Tsahal (FDI) está fazendo limpeza na região de terroristas e isto custa a vida de soldados. A Faixa de Gaza está nas mãos de Israel, mas há presença do Hamas. Quem sofre é a população civil, que boa parte dela foi cúmplice do Hamas, por ideologia ou por medo. Foram abertas estradas de cerca de 12 a 14 km. desde a fronteira israelense até o Mar Mediterrâneo para dar vazão rápida a tropas quando e se forem necessários. Os radicais no governo dos partidos do Smotrich e Ben Gvir até sonham em construir aldeias israelenses em Gaza e Netanyahu para manter o governo de coalizão ainda não conseguiu chegar a um acordo com elementos da Hamas, para a libertação dos 101 reféns israelenses (vivos e mortos) e dar um fim a esta prolongada guerra. Há informes de jornais turcos e árabes que o chefe da Shabak (ex Shin Beth), Ronen Bar, esteve no sábado passado, em visita sigilosa para lidar com o chefe do Serviço de Inteligência turco, Ibrahim Kalin da libertação dos reféns. Isto poderia mostrar a suma importância que Israel dá a este assunto, já que Erdogan boicota Israel. Um dos problemas em Gaza é o fornecimento de alimentos. Estes quando entram são sequestrados pela Hamas e por elementos de famílias potentes (hamulas, em árabe). As tropas de Israel não têm que estar envolvidas com isto, pois seria montar um governo militar em Gaza com altos custos, responsabilidades e morte de soldados. Uma das possíveis soluções é que uma companhia americana particular se encarregue da distribuição dos alimentos e bens
Comentarios