
Na última terça feira passada, dia 18 de março, comemoramos o “Dia Nacional da Imigração Judaica”, criado pela Comissão de Justiça e Cidadania (CCJ), através da Lei 4153/08, iniciativa do deputado federal Marcelo Itagiba, em 18 de março de 2008. O motivo pelo qual a CCJ escolheu esta data, foi porque nesta data reinaugurou-se a primeira Sinagoga das Américas, a Sinagoga Kahal Tzur Israel, em 18 de março de 2000, localizada no centro de Recife, ela havia sido construída em 1636 durante o domínio Holandês, e destruída após a guerra dos Guararapes quando os Holandeses foram expulsos do Brasil.
Atualmente nela funciona um museu e Centro Judaico, que retrata um importante período da história de Pernambuco com suas escavações arqueológicas, apresentando o mikvê (banheira para rituais de purificação). Ainda possui exposições e documentos sobre os judeus em Pernambuco.
O destino desta pequena Comunidade Judaica holandesa foi fugir para os Estados Unidos onde fundaram a Nova Amsterdam hoje conhecida por Nova Iorque.
Podemos afirmar, que a imigração judaica para o Brasil começa desde seu descobrimento, pois os primeiros Judeus chegaram ao Brasil nas Naus portuguesas fugindo da Inquisição iniciada em Portugal no ano de 1496, quatro anos do descobrimento e que durou aproximadamente 300 anos.
No Brasil a inquisição começa em 1591 quando da chegada do Tribunal do Santo Ofício e perdura por mais de 200 anos.
Porém neste período a comunidade judaica mantinha-se oculta e uma nova onda de imigração ocorre no período entre 1872 e 1972, quando vieram para o Brasil mais de 90 mil imigrantes de religião judaica, fugindo do crescente antissemitismo e da segregação. Destes mais de 50 mil imigram entre os anos de 1920 e 1939, em busca de liberdade e de uma melhor perspectiva de vida. A maioria desses imigrantes eram de asquenazes provenientes do Império Russo, dos Bálcãs, da Polonia, Europa Central.
Na Bahia a comunidade judaica se inicia por volta do ano de 1912, com a vinda de judeus em sua maioria, da Rússia, Polônia e da região que era chamada de Bessarábia hoje a Moldávia, que fica entre a Romênia e a Ucrânia porém a comunidade organizada e estruturada, é bem mais recente, quando da criação da Sociedade Israelita da Bahia, em 17 de abril de 1947.
O Brasil experimenta uma nova onda de imigração de judeus sefaraditas, após da criação do Estado de Israel em 1948, pois a população judaica que viviam nos países árabes foram expulsas pelo pretexto da criação do Estado de Israel. Neste período, viviam 900.000 judeus nos países árabes e hoje se estima que vivem menos de 7.000, enquanto em Israel, neste mesmo período que contava com uma população árabe no recente Estado de Israel em torno de 60 a 70.000 árabes e que optaram por permanecer lá vivendo, hoje somam 2 milhões de árabes cidadãos Israelenses livres, com os mesmos direitos e deveres que a população judaica.
Os estudos de Anita Novisnky, sobre a imigração judaica, são ricos e fascinantes e nos permite conhecer toda a saga de nosso povo para sobreviver, podemos encontrar no Youtube um documentário que fala sobre os criptojudeus “A estrela oculta do sertão” assistam:
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