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Homenagem às vítimas da Shoá

Num dia de 27 de janeiro em 1945, tropas soviéticas liberaram o maior campo de extermínio nazista, o campo de Auschwitz-Birkenau, localizado na Polônia e por tal motivo a data foi escolhida pela ONU para marcar a Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Foto tirada em 2019 em encontro com jovens da SIB. Por ser um Shabat, não pudemos ter imagens das homenagens deste ano. (Arquivo SIB e-news).

Nunca esquecer. Este é um imperativo judaico. Cultivamos a memória dos nossos entes queridos em diversas ocasiões como Yizkor e o Yahrtzeit. Este Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto embora doloroso marcar nosso compromisso de honrar a memória dos milhões de vítimas do genocídio perpetrado pelos nazistas e seus adeptos nas mais diversas localidades na Europa. Nós judeus preferimos chamar este evento de Shoá (“destruição, ruína, catástrofe"), o povo cigano denomina de Bora Porrajmos ( “a devoração” ou “a grande consumação”).

Esta tragédia ceifou a vida de cerca de 06 milhões de judeus, de meio milhão a 1,5 milhão de ciganos (Sinti, Roma), milhares de homossexuais, centenas de milhares de pessoas com deficiências físicas ou mentais , presos políticos, pessoas negras e testemunhas de Jeová, dentre outras minorias, consideradas Sub-humanas.

Nunca esquecer. Simon Wiesenthal (1908-2005), judeu austríaco e sobrevivente da Shoá, foi o mais famoso caçador de nazistas e certa vez escreveu "Para o mal florescer, só se requer bons homens para não fazer nada.". Houve muitos justos entre as nações, mas houve muito mais inação das pessoas boas. Muitas vozes foram silenciadas. Cada um de nós, como pessoas civilizadas, temos o compromisso com estas milhões de vozes silenciadas na Shoá. Outros genocídios ocorreram desde então.

Wiesenthal explicou um dia, sua missão de não deixar os nazistas impunes.

"Você é um homem religioso, você acredita em Deus e na vida após a morte. Eu também acredito. Quando chegarmos ao outro mundo e nos encontrarmos com os milhões de judeus que morreram nos campos e eles nos perguntarem: "O que você fez?"

Haverá muitas respostas. Você vai dizer: 'Eu me tornei um joalheiro'. Outra dirá: "Eu contrabandeei café e cigarros americanos". Outro dirá: 'Eu construí casas'. Mas eu direi: 'Eu não te esqueci."

Nós nunca esqueceremos!

Post-scriptum: Dedico este texto também à Adriana Dias Z"l, maior pesquisadora brasileira sobre neonazismo, falecida neste dia 29/01/23 em S. Paulo, aos 52 anos. Adriana Dias Z"l era a nossa caçadora de nazistas maior, era membro da comunidade judaica paulista, doutora em antropologia e ativista contra o antissemitismo e outras intolerâncias.


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