Há algumas décadas ouvimos o termo IA. No início surgiu como ficção científica em livros cujos temas eram os perigos das máquinas e robôs com inteligência superior, que controlavam as vidas dos humanos. O surgimento de fato da IA, muito diferente daqueles livros, não tardou muito a chegar e hoje em dia convivemos constantemente com processos e algoritmos, sem nos darmos conta disso, apesar do assunto ser pouco conhecido e carregado de mitos.
Muitos se chocam ao ver manchetes como: “Stephen Hawking avisa que a ascensão dos robôs pode ser desastrosa para a humanidade” e tantos perderam a conta de quantos artigos semelhantes viram. Normalmente, esses artigos são acompanhados por robôs de aparência maligna carregando armas e sugerem que devamos nos preocupar com eles se levantando e nos matando porque se tornaram conscientes. Esses artigos são realmente bastante impressionantes, mas não resumem exatamente o cenário com o qual os pesquisadores de IA se preocupam.
Vamos a um exemplo: se você dirige na estrada tem experiências subjetivas de cores, sons etc. Mas um carro que dirige sozinho tem experiências subjetivas ou a sensação de ser um carro que dirige sozinho? Embora este mistério da consciência seja muito interessante, é irrelevante. O que realmente importa e nos afeta é o que a IA pode e poderá fazer.
O medo maior que do controle e da malignidade das máquinas é o da competição, pois não controlamos o planeta por acaso. Os humanos são mais inteligentes e temem que supermáquinas venham a ser mais inteligentes, roubem postos de trabalho e produzam humanos preguiçosos. A verdade é que ao longo das últimas décadas acelerou-se o processo natural de extinção de profissões e surgimento de outras. Quem há vinte anos atrás ouvia falar em Gerente de mídias sociais ou Engenheiro de cibersegurança? As crianças de hoje serão preparadas para um futuro bem diferente do nosso, com novas ocupações e estilo de vida, decorrentes do avanço tecnológico.
A convivência dos humanos com a IA se torna cada dia mais corriqueira através da utilização de aplicativos de navegação, localização, operações financeiras e investimentos, entretenimentos e muitos outros.
Afinal de contas, quem não gostaria de trocar o aparelho celular por um robozinho assistente pairando sobre o ombro?
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