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Melhor a Emoção Explodir do que Bombas

David Moran


Na quinta-feira (30) a manhã toda, israelenses estavam colados a TV para assistir o  retorno de 3 sequestrados israelenses- a soldada Agam Berger (20), Arbel Yehud (28) e  Gadi Mozes (80) - e 5 cidadãos tailandeses que trabalhavam em kibutzim. A emoção é  grande e cresce quando aparecem os reféns. Hamas e Jihad Islâmica montaram uma cena  de propaganda. Colocaram um pódio no meio dos destroços da casa do Sinwar e uma  multidão que veio não para mostrar vitória, mas para expressar ódio. 


Ver pela TV o povão fechando sobre o comboio da Cruz  Vermelha (impotente no lidar com palestinos) e o pavor nos olhos da Arbel do povão não contido diz tudo. Hamas orquestrou todo este teatro. Quando eles já foram transportados e entregues às mãos de oficiais de Tsahal (FDI), foi um alivio e haja coração para esta emoção. 


No sábado (25) retornaram 4 jovens soldadas observadoras (Liri Albag, Daniela Gilboa, Naama Levi e Karina Ariev), com pés firmes, demonstrando que nem 477 dias no cativeiro as quebrou.  Levantaram as mãos, sorridentes, mostraram o espirito da firmeza e do orgulho. Hamas anuncia horário do retorno das sequestradas e não cumpre, chama a multidão que fecha sobre as reféns, mas nada amedrontou as meninas. 


(nas fotos a esquerda, as reféns se encontram com os pais após 477dias. Na da direita, ainda no helicóptero a valente Liri Albag escreveu" eu vos amo, cidadãos de Israel, as FDI e minha Familia.Voltei). 


Na base de observadoras em Nahal Oz, Hamas matou 15 e sequestrou 7. Uma foi resgatada e um morreu no cativeiro. Hamas propositadamente não quis enviar as 5 de volta, deixando a Agam Berger  nos tuneis mofos. As quatro disseram que não voltam sem a Agam e num precedente,  Hamas e Jihad Islâmico concederam e a Agam retornou na quinta junto com 2 membros do  kibutz Nir Oz, Gadi Mozes e Arbel Yehud. 


O fracasso e omissão que levou a tragedia do dia 7/10/2023 é devido a pouca importância que o Exército de Israel deu aos avisos dessas soldadas-observadoras do  Serviço de Inteligência que alertaram durante meses e ninguém ligou. Só uma Comissão de Inquérito Nacional pode apurar o que aconteceu. Netanyahu se opõe a esta Comissão.


Esta semana Israel permitiu a volta dos gazenses que estavam no sul da Faixa de Gaza retornar a seus lares no Norte. Vendo a destruição muitos decidiram voltar a tendas no sul. Na troca de israelenses sequestrados, os palestinos recebem paulatinamente 1;904 terroristas, 737 sentenciados por mortes ataques terroristas e 1.167 que foram presos nesta guerra. A crueldade dos terroristas da Hamas nota-se a cada passo e eles continuam receber os 600 caminhões diários de mantimentos, eletricidade e água potável de Israel e governam a Faixa de Gaza, enquanto  que o governo do Netanyahu não quer que a Autoridade Palestina governe a região. 


Neste sábado (25) Trump a bordo do Air Force One disse (sem saber o que estava  dizendo -DSM) que espera 2 países colher 2.2 milhões de (irmãos muçulmanos e árabes DSM) gazenses. Ele disse ter conversado com o rei AbdullaII da Jordânia e "gostaria que o  Egito também se empenhasse nisso. Faz sentido, não é ? Mas, não acontecerá. O rei  jordaniano se lembra de setembro Negro (1971), quando os palestinos que são maioria no  reinado se levantaram e foi Tsahal que se posicionou ao lado do rei e não permitiu que a Síria intervisse. Trump esquece, ou nem sabe que que o presidente A-Sisi preparou enorme campo  de prisão junto a Faixa de Gaza, no caso de gazenses tentarem fugir ao Egito. Vale a pena  lembrar que até 1967, a Faixa de Gaza pertencia ao Egito e nos acordos de paz com Saadat,  ele recusou terminantemente receber a Faixa de Gaza de volta. Ele sabia porquê. Hamas e a  Irmandade Islâmica são irmãos e é só o que falta ao A-Sisi no abismo do Egito. Se fossem,  como se especulava, à Indonésia, que é o maior país muçulmano até Israel bateria palmas. 


Na quarta-feira (29) o Enviado Especial do Governo Trump para o Oriente Médio, Steve  Witcoff, veio da Arabia Saudita a Israel. Encontrou-se com Netanyahu e depois foi a Faixa de  Gaza ver com seus próprios olhos a proximidade de Gaza a fronteira com Israel. Ele como  Trump pensam em imóveis. Witcoff disse a NBC (18):" se não ajudarmos os habitantes de  Gaza, se não melhorarmos suas vidas, se não lhes daremos esperanças, eles se rebelarão".  Faz sentido. Mas, aqui é o Oriente Médio. A Faixa de Gaza recebeu bilhões de dólares do  Qatar, da Autoridade Palestina, dos EUA, da Europa, água e eletricidade de Israel e a pobreza  está por todo lado. Só alguns enriqueceram. Até nas bolsas do Sinwar foi encontrado dinheiro  vivo. Na quinta (30) de manhã Witcoff foi encontrar-se com familiares dos sequestrados no  "Parque dos Sequestrados" em Tel Aviv (coisa que nem Netanyahu e nenhum dos seus  ministros fez nestes 15 meses) e ouviu os pedidos de nenhum sequestrado seja deixado nas  mãos da Hamas. 


Na semana que vem Netanyahu terá "folga" dos seus problemas internos. No domingo  viaja aos EUA encontrar-se com Trump, polirá o seu ótimo inglês e terá todo o 'kavod'. Porém terá que conversar com Trump que é contra o prosseguimento da guerra e ter em mente  Smotrich que quer a continuação da guerra, "senão saio do governo". E ele cai. Terá que lidar  com a 2ª fase do cessar fogo, para trazer de volta o restante dos sequestrados a troco de  parar a guerra e retirar as tropas do Eixo Filadelfia, que considerou vital para Israel, abrir a  Passagem de Rafah, que será controlada por egípcios e uma empresa americana. 


Netanyahu discutira com Trump sobre a possibilidade de relações com a Arabia  Saudita, que tem mútuo interesse, mas exige a criação de um Estado palestino. Também em  pauta o problema das atividades do Irã e da sua corrida para obter arma nuclear. 


Há rumores que Netanyahu previsto para voltar na quinta-feira (6/3) quer estender sua  estadia até domingo ((9). Em Israel o espera seu julgamento (do qual foge), os problemas da  lei do recrutamento dos ultraortodoxos, do não consentimento do seu Ministro da Justiça com  a posse do presidente da Suprema Corte, pelas quais ele não se pronuncia e os problemas  de manter sua frágil coalizão. Israel está dividido e alguém tem que reuni-lo.


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