O mundo virou pequeno e a opinião pública é formada pelos inúmeros meios de comunicação. Nas Faculdades de Jornalismo ensina-se que o dever do jornalista é informar a realidade. O jornal de maior influência, o New York Times, estampa seu slogan:" All News that fit to print". (Todas as notícias que valem ser impressas). No jornal A Folha de São Paulo, o slogan é Um jornal a serviço da Democracia" (???).
Com respeito ao conflito de Israel com os árabes e agora com os palestinos, os meios de comunicação não relatam toda a verdade. Os repórteres não estão no local, suas notícias são geradas por agencias noticiosas (como a AP, AFP, etc..) que tem repórteres locais e quando se trata de regimes autoritárias, como a Hamas, eles difundem notícias que recebem dos terroristas da Hamas, ou como já foi constatado, muitos "jornalistas" gazenses são terroristas da Hamas. O pior são as manchetes. Os jornais estampam manchetes para chamar a atenção e boa parte dos leitores não tem tempo de ler toda a reportagem e sua opinião é formada pelo cabeçalho que leu, mesmo que esta seja alarmante e talvez errado.
Lembro que em 1979 foi organizada uma manifestação debaixo do MASP contra a declaração aprovada na ONU em 10.11.1975 que equiparava o Sionismo a uma forma de racismo. Foram reunidos os movimentos juvenis e no Estadão (na época tinha postura pro israelense) saiu uma foto da manifestação tirada atrás de jovens de Bnei Akiva, com kipá(solidéu) e manchete: "Debaixo do MASP houve manifestação pró Palestina". Imediatamente tomamos providências e exigimos correção. Levou uns 10 dias para a redação colocar na pg. 14 a seguinte nota (falsa), sem a foto: no dia 10/11 ocorreram em São Paulo 2 manifestações, uma pro palestina e outra pro Israel".
A Folha de São Paulo ("a serviço da democracia") refere-se ao governo do único país democrático do Oriente Médio, como "o governo de Tel Aviv", que é uma mentira. Um jornal tem que relatar a verdade e não sua opinião política. A capital do Estado de Israel é Jerusalém e lá é a sede do governo de Israel e seus ministérios.
O Globo refere-se a Hamas como " o grupo Hamas". Que grupo? São dezenas de milhares de terroristas fortemente armados e ativos no terror interno e externo, portanto é uma organização terrorista e não um "grupo".
O Globo descreveu o líder da Hamas, Ismail Haniya como "uma pessoa que vivia no exílio e negociava cessar fogo em Gaza. Pela descrição pode parecer um homem pacífico. Na verdade, Haniya planejou o massacre de 7/10, no qual 1.200 israelenses foram brutalmente assassinados, estuprados e mutilados.
Não há dúvidas de que a Faixa de Gaza está destruída em boa parte, mas quantas reportagens foram feitas do porquê. Quantas reportagens contaram que a extensiva rede de túneis de sub Gaza, começam e terminam em casas de civis, ou pseudo civis. O leitor, ouvinte ou telespectador teve noticia de que contrariando todas as (foto: protesto em New York" Solução Final aos Sionistas. Um Deus uma Nação) normas internacionais, a organização terrorista Hamas posicionou seus quarteis em hospitais,
escolas e mesquitas, além de utilizarem mercados e casas de civis como escudos ante possível contra-ataque israelense. Em qualquer país o exército tem o dever de defender a população civil e no caso de Gaza, os armados usam os civis como escudos rotetores.
A Folha de São Paulo (4/8) relata "ataques de Israel deixam 15 mortos em escola em Gaza e outros 9 na Cisjordânia. Até a Hamas e a Jihad Islâmica confirmaram que os mortos no bombardeio em Tul Karem, na Cisjordânia eram seus integrantes. Na operação as FDI mataram Mohamad al Jabre, vice diretor de produção armamentista da Jihad Islâmica. Foram tomadas medidas para minimizar ao máximo atingir civis, utilizando munição precisa. Mas, isto não é relatado.
Aliás, até no meio militar internacional admitem que as Forças de Defesa de Israel são os mais cautelosos para não atingir civis. Contrariando o elemento surpresa, quando eles vão atrás de terroristas numa região, as FDI lançam panfletos para os civis se retirarem da região a ser atacada e enviam milhares de telefonemas advertindo a população.
Depois que 1 míssil lançado pela Hizballah atingiu e matou 12 crianças que jogavam futebol, em Majdal Shams, a BBC da Inglaterra anunciou:" 12 pessoas morreram num ataque sobre o Golã ocupado por Israel". O ator inglês Sacha Baron Cohen("Borat") trocou o infame título da BBC para "12 crianças que jogaram futebol foram assassinadas em Majdal Shams". Sem dúvida titulo que descreve melhor o trágico acontecimento. Tanto a BBC como a CNN relataram o assassinato das 12 crianças de 10 a 16 anos, como "mortos (dead) e não assassinados.
O Washington Post estampou na manchete (29.7) a foto do enterro dos 12 drusos no Golã, com o título "Israel ataca objetivos no Líbano". Pela foto e título daria para pensar que Israel causou as mortes. Infelizmente, e há muita critica em Israel de que as FDI só reagem aos ataques da Hizballah e não são os que atacam suas posições.
A BBC publicou (31.7) artigo de 140 palavras com o título:" Quem foi Ismail Hania". Apesar da Hamas ser oficialmente definida pelo governo inglês de organização terrorista, no artigo escrevem quando nasceu, que foi homem chave da Hamas desde sua fundação, que foi preso diversas vezes por Israel, foi primeiro ministro da Hamas, mas uma coisa esqueceu de mencionar, que ele foi quem deu as ordens de ações terroristas contra Israel e mesmo contra palestinos da Fatah, jogando-os do teto. É tal a parcialidade da BBC, que até o Ministro do Exterior inglês, David Cameron exigiu que a BBC se refira a Hamas como organização terrorista.
(estatua de Colombus-D.C.)
Vale a pena ressaltar que 208 funcionários da BBC e mais 112 que queriam permanecer no anonimato, enviaram em julho carta aberta a direção do conglomerado ao CEO, Samir Shah, exigindo "investigação formal sobre o racismo anti judaico na emissora. Eles afirmam que não se leva em conta os judeus e antissemitismo é sistemático na BBC".
Outras emissoras também "erram" contra Israel nos seus noticiários. A NBC americana na entrega das medalhas olimpicas aos jogadores franceses de basquete, 2º lugar, o locutor da estação destacou que o jogador Mathias Lessorte, estrela da seleção francesa e que jogou no Maccabi Tel Aviv, encobriu se com a bandeira da Palestina e acrescentou que há esportistas que querem expressar sua preocupação com a situação no Oriente Médio. Na realidade ele se encobriu com a bandeira de Martinique, terra natal de seus pais e o locutor virou uma piada.
Veja o caso mais recente. A agencia noticiosa A.P. publicou (10.8) alegações de que uma escola em Gaza foi atacada pelas forças israelenses, "um dos mais mortíferos ataques nos 10 meses de guerra com Hamas e com mais de 80 mortos e 50 feridos". A noticia correu uma hora depois do ocorrido, sem verificação e baseando se numa fonte, Dr. Fadel Naim descrito como diretor do Hospital Al Ahli, que segundo ele teria recebido 70 mortos. O Dr. Naim, não é diretor do hospital, é cirurgião ortopédico, é conhecido como ativista da Hamas e participou do casamento da filha do Haniya e em 7.10 festejou o massacre da Hamas em Israel. O pior é que sendo uma agencia noticiosa, vários meios de comunicação copiam o texto- Politico, NPR, Washington Post- e até o Escritório dos Direitos Humanos das Nações Unidas logo chamou de" sistemático ataque israelense a escolas". Depois vem a noticia certa de que a escola era quartel general da Hamas e que de lá atiraram contra forças israelenses e que morreram 30 terroristas. Mas a isto ninguém liga,é ultrapassado, a primeira notícia prevalece. A Hamas é tida como "underdog" (azarão) e a levam mais em conta, apesar de ser terrorista.
Os exemplos são inúmeros e a desinformação toma conta e faz a cabeça dos menos avisados. Há os que só leem os cabeçarios e já formam suas opiniões sem conhecer
o assunto. Quando perguntadas pessoas que cantam "libertem a Palestina do rio ao mar" não sabem de que rio e mar se trata. Na foto ao lado vemos uma manifestação pro palestina em Barcelona, com bandeiras também do LGBT. Só que os homossexuais nem tem noção de que se abertamente saírem em países árabes, na melhor das hipóteses recebem pena de prisão de 10 anos, na pior hipótese serão imediatamente mortos.
Infelizmente, as mídias no caso dos palestinos recebem suas mentiras como se fossem verdades e não se inteiram que isto se volta contra o mundo Ocidental. Com isto não digo que não há civis mortos. Não tem guerra sem civis mortos. Uma coisa temos que reiterar, Israel faz todo o possível para evitar perdas humanas. Os números que a Hamas publica são no mínimo exagerados e a mídia os aceita como se fosse a Bíblia que caiu do céu.
Na terça-feira (20) as FDI com informações precisas do Shabak (antigo Shin Beth) e o Serviço de Inteligência entraram num túnel e tiraram de uma parede dupla os corpos de 6 reféns que foram levados vivos em 7/10 para o cativeiro. Quatro foram do kibutz Nir Oz e 2 do Kibutz Nirim. Tinham 35, 51 76,76,79 e 80 anos. Agora, depois de 324 dias perambulando nos túneis, permanecem 109 reféns de 1 ano a 86 anos e desses sabe-se que há 34 mortos. Dos 251 sequestrados, em novembro de 2023 foram libertados 116 e 30 corpos foram resgatados.
As negociações indiretas de Israel com a Hamas não levaram a nada desde novembro.
Uns acusam os outros, mas não há nenhum resultado e o número de reféns mortos só aumenta nestas condições sub-humanas. De Sinwar nada pode se esperar, mas parece que o Netanyahu teme que se Israel chegará ao final da guerra, seu governo também terá fim.
O Ministro da Defesa, Gallant (Likud) sugeriu novamente na quarta que a guerra no sul está terminada e que Israel deve-se concentrar contra a Hizballah no norte.
A Hizballah de fato está intensificando seus ataques contra Israel. Na madrugada de terça e na quarta-feira (21) lançou cerca de 200 misseis, dos quais 50 em direção a Katzrin no Golã, atingindo casas. A maioria dos misseis são abatidos, mas alguns fazem estragos e com o calor e tudo seco, os incêndios se intensificam.
Com todos esses "tsures"(dificuldades) a ministra dos Transportes, Miri Regev está querendo levantar Cerimonia Comemorativa Nacional de 7 /10. Os kibutzim e a população que foi atacada e mora em volta da Faixa de Gaza, acha um absurdo. Nem todos os reféns voltaram, a guerra não terminou e querem fazer comemoração. Eles também pediram para não filmar nos kibutzim e nem mencionar os entes queridos que morreram nesta guerra.
O Primeiro Ministro, que é chefe do Estado, não assume a culpa do que aconteceu em 7 de outubro. O Chefe do Estado Maior, Halevi, assumiu e com ele o Ministro da Defesa, Gallant e o Chefe da Shabak, Ronen Bar e o Chefe do Serviço de Inteligência, Aharon Haliva. Na quarta-feira (22) ele transferiu o comando do S.I. e no seu discurso disse:" Em 7.10 não cumprimos nossa promessa, de proteger o Estado...A responsabilidade suprema ao fracasso do Serviço de Inteligência é minha. A responsabilidade, bem como o exemplo pessoal é valor fundamental nas FDI, não só em palavras, mas em atos. Lacrimejando, continuou o general e disse:" peço desculpas em meu nome e em nome do Serviço de Inteligência".
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