Parashá Tazria-Metsorá
- Marcos Wanderley
- 2 de mai.
- 2 min de leitura
(Tazria: Levítico 12:1 - 13:59
- Metsorá: Levítico 14:1 - 15:33 e Haftará 2 Reis 7:3-20 ou 2 Reis 7:1-20 em algumas tradições)
Esta é 27ª porção da Torá e que está no livro Vayicrá – Tazria significa semear. Esta porção começa com os preceitos sobre a concepção de quando é menino ou menina. Quando a mulher dá à luz um homem ela fica impura por 7 dias e no oitavo dia será feita a circuncisão. Serão 33 dias cumprindo os dias da purificação e se for menina serão 66 dias. Depois desse período tem que fazer oferta de elevação pelo filho ou pela filha com um cordeiro e um filhote de pombo ou rola por sacrifício de pecado à porta da tenda da reunião, ao Cohen.
O Cohen é responsável para observar quem está com chaga na pele para declará-lo impuro. Depois de 7 dias, o Cohen fará nova verificação para avaliar se continua impuro ou não e se a chaga escurecer e não se estender o Cohen o declarará puro, caso contrário o declarará impuro, aí será lepra. Há características descritas com riqueza de detalhes pela Torá para que o Cohen avalie se é ou não lepra e quando se transforma em chaga branca será declarado puro. Também há a lepra que brota na sarna - é sinal de impureza. E quando a macha não se estender, é a cicatriz da sarna. São várias situações para determinar se está puro ou impuro. Há outras enfermidades da pele: tinha, impetigem. As pessoas cometidas pelas enfermidades da pele ficam afastadas do acampamento. A Torá relata a chaga da lepra e também pode se estender às vestes de lã, linho, urdidura ou de couro e, neste caso, deverão ser queimados pois é lepra maligna. Esta parashá termina com a declaração de pureza e impureza para este tipo de lepra...
É provável que o termo lepra para traduzir Tzaraat seja aproximado, pois os indícios dos sintomas não são exatamente iguais. Entretanto, pode ser também que os sintomas naquela época eram específicos... Sem embargo, o que importa é o preceito em si e o ensinamento de que podemos depreender. É consenso entre nossos sábios que esta enfermidade tem origem espiritual (maledicência, perjúrio, libertinagem, orgulho, roubo e ciúmes) não material. Tais condutas espirituais destroem a vida. Afinal “...não há paz para os maus, disse o Eterno” (Isaías 48:22). O Cohen também tinha a função de direcionar as pessoas para o caminho dos preceitos da Torá, dando-lhes conselhos e ajudando-os a seguir os caminhos da retidão. Dessa forma, devemos examinar nosso comportamento e pensamentos para o bem comum de todos e não esquecer que esta busca é contínua e incessante; devemos conhecer nossas dificuldades e não alimentar os maus pensamentos e a prática em desacordo com a Torá. Portanto, devemos cuidar do que fazemos e dizemos para que não deixemos de evoluir espiritualmente.
Marcos Wanderley
Shabat Shalom Umevorach
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