Na Parashá Terumá o Eterno instrui a Moisés sobre a construção do Mishcan – o Tabernáculo, o Templo móvel que acompanharia o povo ao longo de toda a jornada rumo à Terra Prometida.
As orientações são minuciosas em todos os aspectos: medidas, localizações, procedimentos e materiais – os mais nobres e preciosos. Descreve detalhes como a Menorá, os adornos, a cobertura, a mesa para as oferendas, a arca que abrigaria as Tábuas da Lei, obra para os melhores artistas.
Dois aspectos, entre tantos outros, chamam a atenção. O primeiro: as doações deveriam ser as que fossem ofertadas de boa vontade. “Fala aos filhos de Israel e separem para Mim uma oferenda; de todo homem cujo coração o impelir a isso, tomareis Minha oferenda”. Nas relações humanas, a intenção pode ser ocultada. Entre os homens e Deus, não. A sinceridade de propósito transparece à alma. E só assim tem verdadeiro valor. O sorriso e o olhar não escapam às pessoas mais espiritualizadas, pois traduzem o que vem de dentro de nós.
O segundo: todo o luxo e sofisticação do Mishcan não eram voltados a Deus, que certamente deles não necessita. Mas ao próprio povo, para que entendesse que ali havia algo maior, incomum, solene. Há momentos na vida em que a solenidade é imprescindível para nos transportarmos além do comum, do habitual, do rotineiro. Para nos fazer refletir, para nos elevar. Que este Shabat nos eleve a todos. Am Israel Hi!
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