(Vayikrá \ Levíticos 21:1-24-23)

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Esta é a parashá com maior número de versos (mas não palavras) e se inicia com uma série de orientações aos Cohanim. Estas proibições incluíam contato com mortos, exceto parentes próximos, de raspar a cabeça ou cortar e raspar a barba, casar-se com uma mulher divorciada ou não israelita, ainda que esta faça o Gyur, proibição de não ingerir alimentos considerados impuros e condições físicas que impediam a prática sacerdotal. Estas proibições não são do reino das categorias éticas ou morais, mas proibições rituais. Completando as orientações ao trabalho no templo, são tecidas considerações sobre os animais aptos ao sacrifício.
Nesta porção são também estabelecidas as ocasiões que deveriam ser consideradas sagradas, as dimensões em que o Tempo é Santificado. Estas ocasiões neste trecho não são associadas a nenhuma situação histórica específica, com exceção da festa de Sucot, que é expressamente considerada uma lembrança do tempo em que os Israelitas viviam no deserto.
Estas ocasiões Santas são:
Pessach
Shavuot
Dia do Toque do Shofar (Yom HaTeruá, mais tarde conhecido como Rosh HaShaná)
Dia de Expiação (Yom Kipur)
Festa de Sucot, conhecida também como HaChag, A Festa
Shemini Atzeret
Shabat.
Nesta ocasião, entre Pessach e Shavuot uma porção de cereal, costumava ser levada ao Mishkan e depois ao Templo. Esta porção era o Ômer, que simbolicamente foi substituída pela Contagem do Ômer do judaísmo rabínico.
Neste parágrafo observamos que as festividades são ligadas ao Sagrado, uma lembrança de que o Tempo está além do nosso controle e sim do Eterno, deste modo, apesar de Vayikrá com frequência se debruçar sobre temas do Espaço Sagrado, e sua separação do Espaço Profano. A Sacralização do Tempo mostrou-se fundamental para a sobrevivência do Judaísmo ao longo dos milênios, mesmo quando a maioria dos judeus viveu na diáspora, quando o Espaço Mais Sagrado, Eretz Yisrael, ficou difícil de acessar.
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