Pronunciamento do Presidente da SIB, Mauro Brachmans, na Semana da Memória
- Mauro Brachmans

- 15 de mai.
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A alma humana é capaz de protagonizar as ações mais sublimes, que nos elevam e nos aproximam do sagrado. Mas, lamentavelmente, também as mais torpes, que nos afundam às profundezas da ignomínia, da degradação, da desonra.
O Holocausto nazista foi, sem dúvida, o momento mais cruel e infame da história. A ponto de nos referirmos a ele com uma denominação exclusiva: SHOÁ. Porque nada se compara. Não apenas pelo absurdo número de vítimas; mas, principalmente, pelo método industrial de promover a morte, em nome da ideia - imoral, doentia - da suposta superioridade de uma raça em relação às demais, como se não fôssemos – todos nós - uma única raça: a raça humana, em toda a sua imensa diversidade.
Mas, não obstante a profusão de provas testemunhais e documentais colhidas desde então, ainda hoje vozes insensatas ecoam questionando ou relativizando aquela tragédia.
Por isso, excelentíssimo Desembargador Cássio Miranda, aqui representando toda a valorosa equipe da Comissão de Memória, em nome da comunidade judaica da Bahia – e do Brasil, pois esse evento ganhou contornos nacionais, parabenizo e agradeço por sua honrosa iniciativa em trazer a essa nobre Casa a recordação daqueles tristes dias. São 80 anos desde o fim do Holocausto. Mas, infelizmente, não do fim daquelas ideias, que, ainda hoje, e para a nossa tristeza, subsistem.
Recordar, recordar sempre, é a única forma de não permitir ao mundo esquecer ou distorcer. Pelo contrário, é darmos à humanidade a chance de aprender, de evoluir.
Para que juntos – e a plenos pulmões – possamos dizer em uníssono: NUNCA, NUNCA MAIS. Por favor, repitam comigo: NUNCA MAIS!
Muito obrigado!




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