
Estive revisitando declarações recentes de artistas, políticos e pseudo intelectuais, que de alguma forma têm visibilidade na mídia nacional e internacional. Para mim, uma das mais impactantes foi a da atriz Susan Sarandon, que declarou há pouco tempo atrás: “agora os judeus saberão como se sentem os muçulmanos nos Estados Unidos”. A resposta que daria a ela caso a encontrasse:
Pena, muita pena mesmo!! Não sabia que a sra. fosse aliada de Mel Gibson, já que é notório e de conhecimento público que atores convivem em um mundo cheio de judeus americanos ou de diversas nacionalidades que trabalham na indústria do entretenimento mais popular e valorizada como é o cinema. Atores, roteiristas, produtores, diretores e muitos outros são judeus. Isso, no entanto, não a impediu de trabalhar ao lado deles durante anos, afinal, não existe preconceito quando a finalidade são os dólares a receber pelo trabalho feito. Não é mesmo, sra. Sarandon?
Acho que a Sra nunca se deu ao trabalho de ler algum livro de história e, pior, desconhece a história dos judeus e suas adversidades desde a antiguidade até os nossos dias. Então, vai um bom conselho: procure ler sobre os quase 6000 anos da jornada hebreia. É uma epopeia que vale a leitura e quem sabe um curso como devem ter muitos nos EUA.
Então, não venha sra. Susan ensinar aos judeus como se sentem minorias em várias partes do mundo! Todos os hebreus possuem mestrado e doutorado no assunto. Está no DNA e são passados de geração a geração sem a necessidade de “esquentarmos” cadeiras universitárias.
Desde a antiguidade os judeus foram perseguidos, primeiro, devido ao seu monoteísmo, eram estranhos em um mundo politeísta. Depois foram caçados como deicidas, ou seja, matadores de Jesus Cristo, o filho de Deus. O mote serviu para justificar assassinatos, perseguições e outras atrocidades cometidas pela nascente Igreja Católica, uma das culpadas pela disseminação do ódio feita por padres e outros sacerdotes. Até os dias atuais, em muitos lugares no mundo, isso ainda é uma verdade, apesar das desculpas da Igreja feitas na década de 60, já no século XX.
Na Idade Média, sra. Susan, foram queimados acusados de bruxarias, de usar sangue de crianças na elaboração do pão ázimo usado como alimento na Páscoa judaica. Foram acusados até de espalharem a Peste Negra, que matou 1/3 da população europeia da época.
Foram forçados à conversão ao catolicismo em Portugal, expulsos pelos reis católicos na Espanha. Vítimas da inquisição entre os séculos XVI e XIX. Foram expulsos da Alemanha e partiram para a Polônia, onde, no início, foram bem recebidos e, posteriormente, perseguidos. Na Rússia foram vítimas de “pogroms” (massacres). Os russos praticavam o “esporte” de entrar em pequenos povoados para matar judeus.
Não vale aqui descrever os horrores da 2ª Guerra Mundial porque quero crer que a sua falta de conhecimento não chegue a tal ponto. Ou a sra. também põe em dúvida o Holocausto, como é moda na atualidade?
Devo ressaltar que, mesmo os EUA têm sua dívida em relação aos judeus, já que muito tempo antes do fim da 2ª Guerra Mundial o presidente Roosevelt se negou a bombardear as linhas férreas nazistas que levavam os judeus aos campos de extermínio. A entrada nos EUA também nunca foi fácil para os judeus.
Devo ressaltar, no entanto, que muitos ajudaram a construir a América, até mesmo a cidade de Nova York. Lá construíram suas vidas e nunca tentaram levar suas crenças, seus costumes ou impor sua religião a quem quer que seja. Formaram-se em diversas universidades americanas e sempre foram seus beneméritos, em gratidão às universidades, bem como ao país.
Voltando à sua fala, chama a atenção que se referiu aos judeus apenas como judeus e não judeus americanos. É bom lembrar que são americanos, lutaram nas guerras em que os EUA participaram, seja na Segunda Guerra Mundial, na da Coréia, no Vietnã, no Iraque e em seus outros conflitos. Morreram como americanos, como judeus americanos.
Dito tudo isso, é bom deixar bem claro que judeus não entram nas mesquitas para matar muçulmanos, não se explodem no meio deles, nem em nenhum lugar no mundo. Se os adeptos ao islã radical não são bem-vistos nos EUA, é porque o dia 11/09/2001 está na memória dos americanos. Ninguém consegue esquecer ou a sra. Sarandon já esqueceu as Torres Gêmeas e quem destruiu e matou muitos cidadãos americanos?
A máxima é a seguinte: nem todo muçulmano é fundamentalista! Ou não? Quantos assassinatos foram perpetrados por eles dentro dos EUA, para não falar de outros países do Ocidente. Sua luta não é só contra os judeus, senhora atriz, é contra o modo de vida ocidental, que escolhemos como o melhor para nós. É direito nosso, como é direito deles, exercer sua religião, seus hábitos e costumes dentro de suas casas e de suas mesquitas sem tentar impor a nenhum outro país a sua cultura.
Por último, e muito importante: se a sra. Susan Sarandon não é adepta do islã, se for cristã, fica um conselho: leve um fundamentalista islâmico para a sua casa e durma bem abraçada ao seu santo ou santa e reze muito para acordar viva no dia seguinte, pois aquele a quem ajudou vai primeiro tentar “vender” sua crença a você e, caso a sra. não aceite, passar o facão no seu pescoço porque isso eles sabem fazer muito bem! São PHD no assunto!
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