Captura de tela do folheto divulgada pelo Media Center do grupo Houthi em 20 de julho de 2024, um incêndio começa após ataques aéreos realizados por aviões de guerra israelenses visando instalações de armazenamento de petróleo na cidade portuária de Al Hudaydah, no Iêmen, em 20 de julho de 2024
Houthi Media Center via Getty Images
Semana repleta de ações históricas. Começou com os rebeldes Houtis do Iêmen, súditos do Irã, conseguiram enviar um drone, na sexta-feira (19) que voou mais de 15 horas, sobre o espaço aéreo do Sudão e do Egito alcançando o Mar Mediterrâneo para penetrar do mar e explodir em Tel Aviv. Os houtis já haviam enviado 220 misseis e drones em direção a Eilat, no sul do país. A maioria dos projéteis foram derrubados por forças americanas e inglesas acantonadas no Golfo Pérsico. Os que passaram esta barreira, foram derrubados pelas forças de Defesa de Israel (FDI).
A penetração do drone iemenita, aconteceu por falha humana e não devia ocorrer, pois o drone foi detectado há muito tempo. Parece que alguém pensou que era drone amigável. A consequência foi que uma pessoa morreu e 8 ficaram levemente feridos.
Israel está combatendo ao mesmo tempo 7 frentes (Gaza, Cisjordânia, Líbano, Síria, Iraque, Irã e Iêmen) e o último país era o único que não sofreu retaliação. O ataque surpresa não podia passar sem retaliação. Preparativos para longa e dura distância podem levar semanas e meses, mas os planos já estavam preparados.
A distância de cerca de 2.000 km. (50% a mais do que o Irã) requer sincronização com elementos Ocidentais e árabes, logísticas de reabastecimento, Inteligência, da Divisão de Operações, resgate (se for preciso), comunicação.
Ao entardecer de sábado (20), 22 caças israelenses acompanhados de aviões de reabastecimento e de aviões da Inteligência fizeram um longo voo, no qual havia muitos reabastecimentos em pleno ar e depois de cerca de 3 horas de voo atacaram o porto, as refinarias, a infra estrutura elétrica e bases militares em Hudeida. Os iemenitas não entenderam de onde tudo isto veio sobre eles. No dia seguinte, tentaram uma retaliação, com drone em direção a Eilat, que foi abatido muito antes de alcançar o espaço aéreo israelense.
Quem mostrou satisfação do ataque israelense foram a Arabia Saudita e os Emirados Árabe Unidos que já sofreram ataques dos houtis.
Israel diariamente está sendo atacado pela organização terrorista Hizballah, que se apoderou do Líbano. Ali Israel só reage. Quarenta e três povoados ao longo da fronteira foram evacuados, inclusive a cidade de Kiriat Shmona. Cerca de 70.000 pessoas saíram de suas casas e não sabem quando retornarão. O Instituto de Pesquisas Alma, contabilizou que desde 8 de outubro,2023 até 21 de julho foram lançados do Libano 364 drones, 874 misseis antitanque,1052 foguetes e 30 misseis antiaéreos. O norte de Israel está queimando, destruição por toda parte e ataques diários. Que país no mundo aguentaria tudo isto? E o mundo cinicamente condena Israel.
No meio de tudo isto e frente aos protestos populares nas cidades israelenses, o primeiro ministro, Benjamin (Bibi) Netanyahu decide viajar aos EUA, falar no Congresso americano. Isto, mesmo depois do hurricane político com o anúncio (21) do presidente Joe Biden em não concorrer pela reeleição. Os americanos estão agora concentrados na sua politica interna e nas eleições de novembro.
Netanyahu estava decidido a viajar pela primeira vez no avião especial "Asa de Sion" e levou 11 malas a bordo com (evidentemente) sua esposa Sara foram (21) a Washington. Estava programado que na terça-feira (23) se encontraria com Biden, que foi adiado para quinta (25). Encontro com o candidato republicano e seu preferido, Trump, ficou marcado para quarta-feira, adiado para quinta-feira (25) e como disse o próprio Trump, a pedido do Bibi transferimos para sexta feira no Mar a Lago, Florida. Assim não dá tempo para retornar a Israel antes do Shabat, que obriga o casal primeiro ministral permanecer na Florida e comemorar o aniversário do filho, Yair, auto exilado na confortável Miami. Aliás, ele está em idade que poderia servir no IDF como reservista. É compra de tempo, pois o Knesset sai no domingo (28) para férias de verão, até 27 de outubro.
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