Notícias de Israel
- David S. Moran
- 4 de set.
- 6 min de leitura
MES CRUCIAL DE DEFINIÇÕES - O mês de setembro é crucial e definirá muitas coisas no Oriente Médio. TSAHAL (FDI) entra na cidade de Gaza, para limpá-la dos terroristas da Hamas e da Jihad Islâmica. Israel convocou novamente 60.000 reservistas (muitos pela 5ª, 6ª vez). Todos querem vencer a guerra, mas há diferenças nos métodos para alcançar esta vitória.
Netanyahu que parece ter só um objetivo na mente, o de permanecer na chefia do governo, por ter uma pequena maioria, teme que se fizer algo contra a vontade dos líderes de 2 partidos radicais- Ben Gvir e Bezalel Smotrich- perderá o governo, faz atos absurdos ditados por estes dois, que já cumpriram penas de prisão e nada entendem de Exército. Estes querem a conquista e ocupação da Faixa de Gaza e até estabelecer assentamentos judaicos na região. Em vazamento de gritos que aconteceram no Gabinete de Segurança, o Chefe do Estado Maior do Exército, Major General Eyal Zamir (foi Secretário Militar do Netanyahu, Diretor Geral do Ministério da Defesa e recebeu o cargo, em março, do próprio Netanyahu) discutiu (31.8) com Netanyahu e seus ministros (sim, Master) dizendo:" vocês são o gabinete de 7 de outubro, agora vocês se lembram de falar em derrotar Hamas. Onde vocês estiveram 2 anos? Desde que assumi o posto em março, 70% de Gaza foi conquistada. Agora vocês se lembram em falar de derrotar Hamas. Zamir estava zangado mesmo, pois sabe que os políticos encabeçados por Netanyahu, colocam no como bode expiatório se não alcançarem seus objetivos. Acrescentou: "se vocês querem disciplina cega, tragam outra pessoa".
Zamir deu seu parecer de que se opõe a conquista de Gaza, que ameaçaria a vida dos 20 sequestrados, supostamente ainda vivos e pelo fato de que há outra oportunidade, melhor de negociação. Sua posição é que Israel deve cercar Gaza e fazer incursões militares. Na quarta-feira (3) o presidente Trump dirigiu-se a Hamas e lhes disse;" libertem todos os reféns e então as coisas vão mudar rapidamente. Isto terminará. A reação da Hamas foi rápida e num drible enganador disse concordar com negociação definitiva de todos os reféns (e não parcial), aliás, como foi a proposta do Netanyahu. A resposta israelense a isto foi que a resposta da Hamas é enganosa.
Mesmo assim, ante a decisão do Gabinete, o exército levará adiante os combates. Os 60.000 reservistas convocados, Zamir lhes disse (2.9) "nós não pararemos até a guerra derrotar o inimigo. Estamos atuando em lugares que não estivemos até hoje". Netanyahu parece ter uma só coisa em mente, manter-se no poder e por isso adota medidas mais radicais, para não ter que enfrentar ameaças dos partidos extremistas do Ben Gvir e de Smotrich. A saber os grandes "entendidos" em assuntos militares, Ben Gavir não fez serviço militar, Smotrich só aos 29 anos, por alguns meses. Os filhos do Netanyahu em idade de reservistas não o fazem, um em Londres e i segundo em Miami. (bom exemplo). Outros que conseguem se esquivar devido a coalizão são os ultraortodoxos. Estes só recebem mais verbas e não cooperam para o serviço comum a todo.
Hoje são exatamente 700 dias que 48 israelenses estão no cativeiro, esfomeados em tuneis, sofrendo fisicamente e mentalmente. O povo escuta, se identifica, sai as ruas e faz manifestações, as vezes violenta, mas, o governo nada. Nenhum ministro, mesmo o deputado pelo Likud, Avi Dichter, que foi chefe do Shabak (ex Shin Beth) 2000-05) e sabe algo de segurança.
Gaza tem uma rede de túneis, mais ampla do que a de São Paulo e Rio juntas. Em muitos pontos estão postos explosivos e por isso quando as tropas agirem, tem que o fazer com cuidado e devagar, isto sem falar dos 20 sequestrados vivos, que ninguém sabe como agirão os terroristas quando estiverem encurralados. A população de Gaza que foi pedida para evacuar ao sul, onde receberão tendas, comida e assistência médica, não foge de Gaza, muitos impedidos por ativistas da Hamas. Isto torna a conquista de Gaza mais difícil, pela cautela em não atingir vítimas inocentes.
O OCIDENTE ACORDA TARDE - Em muitos países Ocidentais há manifestações contra Israel (pode ser legítimo) e contra judeus (não é legítimo) e ações violentas nunca antes vistas. A maioria destas manifestações é organizada por grupos islâmicos. Islamistas tomam as ruas de Paris, Londres, Bruxelas, Amsterdam, entre outas, para onde emigraram milhares e milhares de muçulmanos. A conquista da Europa por muçulmanos é lenta, mas cera. Os europeus criam 1 ou 2 filhos, os muçulmanos tem 6-8 filhos. Há áreas em certas cidades dominadas por emigrantes muçulmanos, que nem a polícia ousa entrar.
É interessante notar que os países árabes/muçulmanos que conhecem as atividades dos radicais da Irmandade Muçulmana, a colocaram fora da lei. Sabem o porquê. Agora certos países estão arrependidos de terem abertos os portões para estes imigrantes. Na Australia, dezenas de australianos saíram as ruas em protesto a política de imigração local. Na Inglaterra milhares hastearam a velha bandeira inglesa (Saint George) e do Reino Unido para manifestar seu patriotismo, ante a crescente atividade de protestos violentos pro palestinos e violências sexuais por parte de imigrantes muçulmanos.
O mesmo ocorre na França, cujos 10% da população é muçulmana e em certas cidades eles já tem maioria. Acontece que o Ocidente tem memória curta e quem perpetrou terrorismo como o ataque as Torres Gêmeas (NYC), Invasão e matança em vila olímpica (Munique), ou sequestro de aviões, foram palestinos. Certos governos europeus pagaram à OLP propina para que não atue em seu país.
Agora, quando alguns países europeus declaram que querem reconhecer o estado palestino- que nem fronteiras são conhecidas- o governo americano nega visto de entrada aos Estados Unidos, do presidente palestino, Mahmoud (Abu Mazen) Abbas e elementos do seu governo, que atenderiam a Assembleia Geral da ONU, a ser realizada este mês. A alegação é que eles ainda apoiam o terror e o financiam. Basta ler livros escolares para ver o ódio contra judeus e Israel que há lá) e ver o salário mensal que recebem terroristas encarcerados, ou familiares de terroristas que mataram israelenses.
CORPOS DE 2 SEQUESTRADOS, RESGATADOS E 1 BRASILEIRO MORTO - Na 5-feira (28.8) foram resgatados os corpos de 2 sequestrados e agora Hamas tem 48 reféns entre vivos e mortos. Depois de identificados pelo corpo forense, os 2 foram enterrados. No sábado (30) foi morto o Primeiro Sargento Ariel Lubliner (34), o 900º soldado que caiu nesta guerra. Ele emigrou do Brasil há 10 anos e casou-se com Barbara, nova imigrante da Espanha e deixou um filho de 9 meses. Yehi zichro baruch.
A EMBAIXADA DE ISRAEL NO BRASIL TEM REPRESENTAÇÃO DIMINUIDA - Como de praxe o Ministério do Exterior de Israel apresentou há mais de 6 meses a nomeação de um novo embaixador do país em Brasília. O embaixador israelense terminou seu mandato em agosto e estava esperando a aprovação do ex embaixador na Colômbia, Gali Dagan, mas o governo Lula não o aprovou. As relações entre os 2 países estão estremecidas e agora o nível diplomático de Israel no Brasil foi diminuído.
SATÉLIE ESPIÃO ISRAELENSE EM ORBITA - A tecnologia israelense está em alta. Na terçafeira (2) foi lançado da base aérea de Palmachim o satélite Ofek 19 ) Horizonte). Ele voara numa altitude de 500 km. e transmitirá fotos e dados de radar e é capaz de ver cada objeto de 50 cm.em qualquer condição climática de dia e de noite. Ele integrará a frota de satélites que põe na tela da Força Aérea e do Serviço de Inteligência todas as atividades na região. Ao contrário dos lançamentos que são feitos em direção ao Oriente, ele foi lançado em direção ao mar, para que as partículas que dele caem, não caiam em mãos hostis.
AVIGDOR LIEBERMAN QUE FOI ÍNTIMO DO NETANYAHU SE VOLTA CONTRA O AMO - Ele que foi seu chefe de gabinete e ministro no seu governo, se voltou há anos contra o Netanyahu e atualmente é um ferrenho opositor do primeiro ministro. Num programa de rádio (30.8) disse:" se Netanyahu formar o próximo governo é o fim do Estado de Israel como Estado Sionista, liberal, judeu e democrático".
ALISTAMENTO AS FDI - Apesar da atual guerra já estar beirando o 2º ano, os jovens israelenses estão com entusiasmo e patriotismo. No recrutamento de agosto, dos aptos a serem combatentes, 71.8% desejaram cumpri-lo (em 2024 foram 68.9%). Em 2024, 70% dos jovens queriam servir em unidades de comando, ou unidades especiais, este ano 78.% manifestaram este desejo. A motivação para servir em unidades de combate é grande. Agora falta saber se o governo tomará finalmente a decisão de obrigar os jovens haredim a servir também e depois do serviço militar voltar aos seus estudos
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