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Notícias de Israel

ISRAEL INDEPENDENTE, OU DEPENDENTE? Não há nenhuma dúvida de que Isael deve muito aos Estados Unidos e ao presidente Trump e é grato por tudo que faz e continua fazendo. Ainda no seu primeiro mandato, ele reconheceu Jerusalém como a Capital de Israel e para Yerushalayim transferiu sua embaixada. Também reconheceu o Planalto do Golan como parte de Israel.

Com a Guerra Espadas de Ferro (7.10.23), ainda durante o governo do presidente Biden, "não é preciso ser judeu para ser Sionista e eu sou" – do Partido Democrata –, ajudou Israel com armamento, mas com certas limitações. O mandato iniciado por Trump em janeiro de 2025, mudou para melhor o auxilio americano. Se o premier israelense tivesse que votar nos EUA, ele não esconde que votaria pelo Partido Republicano e para o Trump. Aí está um erro vital, que Israel poderá sentir no futuro. Todos os governos israelenses eram a favor da democracia americana, sem favorecer nenhum partido, pois querem o apoio de quem é eleito pelos americanos. Colocar-se ao lado de um partido, automaticamente desqualifica você do outro partido e Israel não pode se dar a esse luxo.

Israel é muito grato aos EUA e ao presidente Trump por seu apoio, mas isso acarretou uma certa forma de perda de sua autonomia na decisão do governo para julgar o que é melhor para o povo de Israel. Não há nenhuma dúvida de que os 10 milhões de israelenses querem viver em paz – shalom – com seus vizinhos e com o mundo todo. Para se chegar a isso é preciso conhecer a fundo os países e os povos do Oriente Médio, que nem sempre os ocidentais conhecem.

Trump, na sua ânsia de ganhar o Prêmio Nobel da Paz, declarou que já conseguiu fazer a paz entre sete  conflitantes, entre eles Israel com seus vizinhos, inclusive o Hamas, com quem luta há 3000 anos. Que exagero duplo. Não quero entrar na história, mas com a Guerra de 7/10 e a personalidade de Trump, Israel perdeu um pouco (ou mais) de sua independência.

Como assim? Iniciemos pelas pressões do governo americano em certas operações israelenses. Um bom exemplo disso é a segunda leva de caças israelenses que já estavam sobrevoando o Irã, a contragosto do governo americano e Trump ordenou que voltassem sem lançar seu ataque e assim foi feito.

Netanyahu declarou que só cessará o fogo quando o  Hamas depuser  as armas e deixar de governar Gaza. Veio Trump, que se encheu do prolongamento da guerra, formulou um acordo de 20 pontos e,  com seus aliados muçulmanos, entre eles Qatar e a Turquia, que apoiam a organização terrorista Hamas obrigou Netanyahu a aceitar o acordo. (aliás, com furos de queijo suíço).

 Trump ameaçou o Hamas de que se não mantiver o cessar fogo, “no momento que eu disser a Israel que pode abrir fogo, Israel o fará".(CNN,15.10). À pergunta se o  Hamas não depuser as armas, respondeu: "Israel voltará às ruas de Gaza, quando eu lhe disser".

Já antes, na visita de Netanyahu à ONU (09/20.25) e depois à Casa Branca, Trump obrigou o dirigente israelense a ligar para o Emir do Qatar e lhe pedir desculpas pelo ataque aéreo em Doha, na tentativa de exterminar todos os líderes do Hamas que lá estavam reunidos. Outro absurdo foi na reunião do governo israelense no dia 9 de outubro, quando participaram representantes do governo americano – Witkoff e Kushner. Nessa reunião, o governo decidiu pelo retorno dos sequestrados e o fim da guerra.

Enquanto os políticos falam e ameaçam, o Hamas começou e prossegue matando possíveis oponentes que querem mudança em Gaza. Ninguém se manifesta a respeito, nem os "bonitos de espirito" que se manifestaram contra Israel. Agora, já há evidencias de que o Hamas voltou a controlar as áreas da Faixa de Gaza, das quais Israel se retirou, conforme o acordo.

Decisões foram tomadas em Jerusalém, mas foram impostas em Washington. Israel parou a guerra apesar de nenhum dos cinco princípios que Netanyahu apontou ter sido feito. Para adicionar amargor, Trump colocou dois países radicais pró Irmandade Muçulmana e que apoiam o Hamas na linha de frente do acordo: o Qatar e a Turquia, a que até os países árabes moderados como o Egito, Arabia Saudita e Emirados Árabes Unidos se opõem.

Mais do que isso. Quando o Hamas reiniciou as ações militares contra as FDI (Tsahal) e causou a morte de dois militares e o ferimento do terceiro, Tsahal revidou, mas logo parou por instrução do governo. A milhares de quilômetros, em Washington, Trump disse que a operação militar palestina não foi do Hamas, mas de uma organização rebelde e que Israel tina que cessar fogo.

Para vigiar as atividades de Israel, na semana passada retornaram os dois padrinhos do acordo, Steve Witkoff e Jared Kushner,e na segunda-feira (21) veio o Vice Presidente, J.D. Vance. Eles querem se certificar de que Israel seguirá para a Fase B do acordo. A pressão é tão forte que com a volta de Vance, ontem (23), chegou a Israel o Secretário de Estado, Rubio.

O mundo árabe não é feito só de uma peça. Há várias correntes e rivalidades. A Arabia Saudita, os EAU e o Egito que tem pavor da Irmandade muçulmana não aceitam a grande participação que o Trump deu a Qatar e à Turquia e a Arábia Saudita e os Emirados avisaram que não financiarão a reconstrução de Gaza se a Turquia e o Qatar tiverem grande participação e se o Hamas não depuser as armas.

Enquanto isso, o Hamas continua a se fortalecer e se armar (pelos drones vindos do Egito, já que é fácil subornar os soldados da fronteira que ganham uma mixaria. Ante a violação do acordo por parte da Hamas, pelo não retorno de todos os sequestrados mortos (ainda tem 13 em seu poder) e por  continuar desafiando Tsahal com fogo, Trump disse::"Se eu ordenar, Israel entrará em Gaza com aviso prévio de 2 minutos".

O grande absurdo é que Israel está nesta incômoda posição, perdendo grande parte de sua autonomia de decisão, causada por um partido de direita, o Likud, que diz ser de tendência Nacionalista, mas suas ações não o comprovam.( foto: fronteira com o Egito)

 O que Israel jamais quis – a internacionalização do conflito –, agora está acontecendo. Em Kyriat Gat, perto da fronteira com Gaza, há um acampamento de 200 soldados americanos empenhados em formar uma força tarefa multinacional, conforme reza a segunda fase do acordo, para preservar o cessar fogo e reconstruir a Faixa de Gaza (sem o Hamas. Será?)


VINTE SEQUESTRADOS VOLTAM PARA CASA. Dos 251 sequestrados pelo Hamas para Gaza, já retornaram a Israel 238 vivos e mortos e cada um deles é um mundo inteiro. O retorno dos últimos 20 sequestrados vivos foi de júbilo para todo o país. Eles se encontraram com seus familiares e foram levados a hospitais para serem examinados e tratados. Aos poucos começam a contar pelo que passaram nas mãos dos terroristas islâmicos.

Rom Braslavsky foi mantido, por dois anos, completamente só. Parte do tempo o deixaram com corpos de sequestrados. No começo viveu num quarto de 1 metro por 1 metro. Seus captores tentaram convertê-lo ao islã, jejuar no mês de Ramadã, ler o Alcorão. Recusou. Ele apanhava várias vezes por dia. O pai de Guy Gilboa Dalal conta que seu filho passou por abusos físicos e mentais, num ouvido não escuta mais e tem problemas com os intestinos. A mãe de Eitan Horn conta que ele perdeu a metade do seu peso, (40 kg).

Eles comiam o que tinha, mesmo que fosse podre. Faltava água e muitas vezes comida. Eitan mora em Kfar Saba e foi sequestrado com seu irmão Yair do Kibutz Nir Oz quando foi  visitar. Yair, que retornou sozinho em fevereiro.

Alon Ohal foi ferido no olho, sofreu dores de cabeça, fala árabe fluente, não viu televisão 2urante dois anos, fazia meditação. Ele é um de três músicos que voltaram. Outro que pensa em árabe e traduz para o hebraico é o sequestrado Avinatan. Ele fala pouco e dorme pouco. Uma vez tentou escapar, mas foi apanhado e apanhou e aí pioraram ainda mais as suas condições. Foi colocado numa masmorra e seus pés amarrados.

Nimrod tinha 21 anos quando o pegaram. Os terroristas lhe ordenaram tirar o bigode para que ficasse só com a barba como eles e que se chamasse Ahmed. Ele recusou e teve que raspar sozinho a barba com uma gilete que encontrou. Aprendeu árabe e um pouco de espanhol dos irmãos Eitan e Yair que são da Argentina. O terror psicológico com que os trataram era dizendo que foram esquecidos e que ninguém se importava com eles. Todos eles não falam muito e aos poucos vão revelar pelo que passaram no cativeiro.


J.D. VANCE OFENDIDO. O vice presidente americano no final de sua viagema Israel se diz “ofendido” pela iniciativa de partidos da extrema direita de anexar a Judeia e Samaria a Israel.Esta votação preliminar que passou na quarta (22) no Knesset 26 contra 25, com os deputados do Likud ausentes do plenário, com exceção de 1 que votou a favor "é um exercício tolo e não acontecerá" disse Vance. Já antes, numa entrevista a revista Time, Trump disse que ele deu sua palavra aos árabes de que não permitirá que Israel anexe a Judeia e Samaria.


HORÁRIO DE INVERNO. Na madrugada de domingo (26) os ponteiros dos relógios em Israel serão atrasados em 1 hora. Quando for 2 da madrugada, retorcerão para 1 da madrugada e assim teremos mais uma hora para dormir. A diferença de hora com o Brasil será de 6 horas a mais.  


ISRAEL E BOLIVIA. Com a vitória do candidato conservador Rodrigo Paz, na Bolívia, há esperanças que as relações entre os 2 países melhorem. O Ministro do Exterior de Israel, Gideon Saar foi convidado para a cerimônia do seu juramento a presidência.

Nos últimos 20 anos, as relações entre os dois países eram frias pelos governos de esquerda. Em 2009 a Bolívia rompeu as relações com Israel e em 2019 foram renovadas para serem novamente cortadas em 2023.


A AUTORIDADE PALESTINA CONTINUA A PREGAR O ANTISSEMITISMO. Israel e a Autoridade Palestina assinaram um acordo de paz em 1993 e, por este acordo, Itzhak Rabin, Shimon Peres e Yasser Arafat foram autogrados com o Nobel da Paz. Mesmo passadas mais de três décadas, os livros escolares da Autoridade Palestina continuam a pregar o ódio aos israelenses e o ódio aos judeus. Além disso, cada terrorista que comete um ato de terror contra israelenses recebe uma pensão mensal. Esta varia de acordo com a gravidade do atentado.

A Autoridade Palestina presidida desde janeiro de 2005, por Mahmoud (Abu Mazen) Abbad, de 89 anos, que já tem o peso dos anos sobre suas costas e por isso a corrupção é grande e grave. Mesmo as reformas prometidas à União Europeia, que este ano já transferiu mais de 400 milhões de euros e a Arabia Saudita que prometeu passar cerca de 100 milhões de dólares para mudar os livros de estudo, nada foi feito. Se as crianças aprendem a odiar, crescerão odiando e os acordos serão mero papel sem grande valor, a não ser histórico.


David S. Moran, de Israel (alegria pela volta dos reféns)


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