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Semana com Altos e Baixos

Encontro um amigo e lhe pergunto o costumeiro, como vai? A resposta atualmente é "pessoalmente, tudo bem, do ponto de vista da nação, mal." Fui ao cinema com meu neto e depois dos trailers apareceu uma nota que só aparece em Israel: "Atenção espectadores, se no meio do filme ecoar o alerta, não se apavorem, mantenham-se calmos e agachem debaixo das poltronas. O cinema está no subsolo e, portanto, serve também de abrigo".


A Guerra Espadas de Ferro que já está quase no seu 11º mês, parece que se tornou o habitual. No norte do país 61.000 habitantes estão deslocados de suas casas nos kibutzim e de Kiriat Shmona. No Sul há também dezenas de milhares que ainda não voltaram e não tem para onde voltar, pois suas casas foram destruídas em 7 de outubro, 2023.


O ano letivo escolar deve começar no domingo (1.9), mas dezenas de milhares de alunos não estão em suas casas e além disso, o sindicato dos professores ameaça entrar em greve pois o Ministério da Fazenda, não autoriza o aumento que deve aos professores.


O ministro Smotrich, estica e dá aumentos de verbas aos ultra ortodoxos e não a maioria da população.


Enquanto há manifestações em todo o país para chegar a um acordo com a organização terrorista Hamas sobre a libertação dos sequestrados vivos e mortos, parece que o premier Netanyahu não liga. O seu Ministro da Defesa, Gallant e os mais altos comandantes das FDI são favoráveis a acordo, mesmo que deixem o corredor

de Filadelfia e dizem que poderemos voltar para lá quando quisermos, em oposição a Netanyahu que quer forças israelenses permanecendo lá. A discussão é que primeiramente tem que libertar os que estão nas mãos da Hamas, é um mandamento judaico e moral de primeira. Parece que Netanyahu teme que se o fizer os partidos de Ben Gvir e Smotrich deixarão o governo e ele cairá. Já agora dizem que o Ben Gvir é que realmente governa o país. Mais a respeito, a seguir.


Na madrugada de domingo (25), O Serviço de Inteligência de Israel notou movimentos das forças da organização terrorista Hizballah, no Libano e detectou que eles iriam lançar um grande ataque de misseis e drones sobre Israel. Entre seus alvos estavam também a sede do Mossad e da Unidade 8200, nas redondezas de Tel Aviv. Quinze minutos antes do ataque previsto, FDI realizaram um amplo ataque preventivo, envolvendo 100 caças, que destruíram milhares de estabelecimentos lança misseis. Cerca de 250 misseis e drones conseguiram escapar do Líbano e a grande maioria foi abatida antes de alcançar os alvos. Segundo especialistas do exército, o ataque preventivo imobilizou mais de 50% dos povoados no norte do país.


(foto: treinamento aéreo para ataque de longa distancia).


Esta semana a ONU aprovou a continuação das tropas da UNIFIL, postados na fronteira do Libano com Israel, por mais um ano. O problema é que terroristas da Hizballah lançam misseis contra Israel junto a unidades da UNIFIL e estes se retiram quando mais precisam de sua intervenção.

(foto: explosão de míssil da Hizballah encontrado pelo Domo de Ferro).



Na noite de domingo, o líder terrorista Nasrallah que havia planejado falar da grande operação da Hizballah contra Israel, encontrou dificuldades em falar a verdade. Ele não foi tão categórico como geralmente é e falou confuso e contou um monte de mentiras. Por isso foi alvo de gozação até mesmo em jornais do mundo árabe.


Na terça-feira (27) as tropas do Comando Naval, da Unidade Yahalom (Diamante) da Engenharia Militar, brigada 401 e guerreiros do Shabak, conseguiram resgatar um sequestrado de um conglomerado de túneis no sul da Faixa de Gaza. Trata-se de 1 dos 6 beduínos que trabalharam no Kibutz Magen, Farhan Alqadi de 52 anos, casado com 11 filhos. O menor tinha 2 meses quando ele foi sequestrado. Ele está em boas condições apesar de comer durante os 326 dias de cativeiro, basicamente só pão e água. Emagreceu 20 kg. e não viu o sol, 8 meses. Parece que seus vigias fugiram quando perceberam que tropas israelenses estavam "batendo nas portas". Ele é o oitavo refém libertado em vida e o primeiro de um túnel. Ele agradeceu a Tsahal (FDI) por tê-lo salvo. Queixou-se que o sofrimento é indescritível.

(foto: levado ao Hospital Soroka, em Beer Sheva).



Pediu ao governo fazer de tudo para libertar os demais sequestrados. "há mais reféns que esperam, o pessoal sofre muito mesmo. Façam tudo para libertar todos os reféns". Recebeu telefonemas do presidente Herzog, do primeiro ministro Netanyahu e lideranças partidárias e militares. Aqui também criticaram o Netanyahu, pois ele ainda não visitou as aldeias que foram invadidas em 7/10 no Sul, nem as que foram evacuadas no norte do país. Ele não telefona aos familiares de soldados que tombaram na guerra e só se fotografa e fala com operações de sucesso. Todos os grandes jornais e TV's nos EUA, Inglaterra e outros países destacaram o grande logro das tropas israelenses.


No dia seguinte, graças a informações retiradas de terroristas da Hamas em poder de Israel, a Shabak apontou onde estava enterrado, desde 7/10 o corpo de 1 israelense de 86 anos, que foi levado para Hamas barganhar a sua libertação.


Agora, depois de 329 dias, ainda em poder da Hamas 107 reféns, dos quais sabe-se que 34 já estão mortos. O Sinwar insiste em fazer acordo (se o fizer) em pelo menos 2 etapas, para que possa continuar mantendo reféns como proteção humana de sua vida. O exército dá passo a passo, para poder retirar reféns das mãos da Hamas, mas com muito cuidado, pois qualquer deslize poderá acarretar com a morte de reféns. A operação que permitiu a libertação de Farhad Alqadi, levou 5 dias, com movimentos bem cautelosos.


O Ministro da Segurança Nacional (Policia), Bem Gvir continua provocar Netanyahu e sem a devida resposta do premier. Depois de levar dezenas, talvez centenas de simpatizantes ao Monte do Templo, para lá rezarem, contrariando o status quo, reinante desde 1967, na segunda-feira (26), Ben Gvir declarou numa entrevista radiofônica que construiria uma sinagoga no Monte do Templo. Até ministros do partido religioso Shas exigiram do Netanyahu "de colocar o Ben Gvir no seu devido lugar". Mas, como dito antes,

Netanyahu teme reprimi-lo ou demiti-lo. Ele só replica:" não há nenhuma mudança no status quo no Monte de Templo". Este lugar é explosivo. Lá estão construídas as Mesquita de Omar e Al Aksa, o terceiro lugar mais santificado ao mundo muçulmano. Ben Gvir por sua vez diz que ele é a autoridade e assim confronta Netanyahu. Na religião judaica é proibido ir ao Monte do Templo, onde antigamente estavam os 2 templos, que foram destruídos, há 2.600 anos e há 1954 anos.


O chefe da Shabak (antigo Shin Beth) Ronen Bar, advertiu publicamente que o "fenômeno dos jovens das colinas" transformou-se numa organização ativa e violenta contra os palestinos. Ele chama seus atos de terrorismo. A policia, geralmente chega tarde e talvez é devido aos ventos que sopram do ministro encarregado da polícia, Ben Gvir, que já foi um deles no passado e os apoia ocultamente. Em contra partida Bem Gvir acusou o Ronen Bar de ser um dos responsáveis pelos acontecimentos em 7/10 e que ele se rendeu a Hamas no Monte do Templo e exige sua demissão. Netanyahu e outros ministros apoiaram a postura de Bar e que ele decide a politica sobre o local. Ben Gvir, sem hesitação lhe respondeu:" então demita-me" e saiu da reunião ministerial. Nada aconteceu depois.


Daqui a pouco o calor infernal vai passar e dar lugar ao inverno, dentro de 1 mês entrara o ano novo judaico e todos os israelenses esperam que com isto mude o cenário de guerra para um cenário de paz e prosperidade na região e no mundo.

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