Notícias de Israel
- David S. Moran
- 16 de out.
- 7 min de leitura
TRUMP, SUPER STAR - Que semana emocionante foi esta. Depois de anunciado o fim da guerra entre a organização terrorista Hamas e o Estado de Israel, o próprio arquiteto desse acordo, o Presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, ele próprio veio ao Estado Judeu para falar no Knesset. Sua chegada no Air Force 1 foi triunfante e o avião fez uma volta a baixa altitude por cima da Praça dos Sequestrados, até Herzliya para que todos soubessem que ele está aqui. Seu avião até passou por cima da minha casa. Este povo espetacular unido, emocionado e vibrando pelo fim da guerra e o retorno de todos os sequestrados vivos e mortos.
Dois dias antes, sábado (11) o enviado especial do presidente, Steve Witkoff, ladeado por Jared Kushner e sua esposa e filha do Presidente, Ivanka, estiveram na Praça dos Sequestrados em Tel Aviv. Witkoff falou a cerca de 500.000 pessoas lá reunidas, na maior manifestação popular da história de Israel.
Witkoff disse:" Sonhei com isso esta noite. É algo especial. Muitos pensaram que era impossível acontecer. Estando aqui é a prova viva de que, quando a coragem encontra crenças, milagres podem acontecer. Quero elogiar Israel que mostrou ao mundo, que a paz não é uma fraqueza, é a maior forma de potência".
Ele (charge de Amos Biderman, Ha'aretz) estava muito emocionado e enfatizou: "O Presidente Trump adoraria ver o que está acontecendo aqui. É o maior presidente da história americana". O público retribuiu gritando:" Thank you". Witkoff agradeceu a Kushner, aos líderes árabes e a Netanyahu. Mas, quando falou esse nome, o público vaiou. Durante todos estes 735 dias, o governo Netanyahu ignorou e nunca foi visitar a Praça dos Sequestrados, onde Witkoff esteve por três vezes.
Voltando a Trump no Knesset, nesta segunda-feira (13), todos os dignatários do Estado lá estiveram presentes, desde o Presidente Herzog até parlamentares atuais e do passado. Mas duas pessoas não foram convidadas, mesmo que o protocolo o exigisse: o Presidente da Suprema Corte e a Conselheira Jurídica do Governo, que Netanyahu não aceita, antagonizando o Poder Judiciário.
O presidente americano deu um show de humor. Muito à vontade, falou da grande alegria da volta dos 20 sequestrados vivos e dos 28 sequestrados mortos (ainda nem todos retornaram, apesar do acordo). Acrescentou:" Este não é só o fim da guerra, é o fim da era do terror e da morte e o início da era da fé. É o amanhecer histórico do novo Oriente Médio".
Trump agradeceu a cooperação com Netanyahu, falou da entrega de armas americanas nos combates e das forças caóticas que estão enfraquecidas e da formação de nova coalizão e de nossos inimigos da civilização que estão em retirada". Deu crédito às Forças de Defesa de Israel e sua aviação que, junto com os B-2 americanos, destruíram o poderio nuclear do Irã. O Hamas será desarmado e a segurança de Israel não será ameaçada.
Trump acrescentou: “Tenho orgulho de ser o melhor amigo que Israel já teve. Israel venceu o mal e agora é o tempo de traduzir essa vitória em paz e progresso no Oriente Médio. Israel é um pequeno pedaço de terra e é inacreditável o que vocês conseguiram fazer com este pequeníssimo pedaço. Vocês fizeram um milagre, agora vamos construir um Israel mais forte, maior e melhor do que nunca".
Ele falou mais de uma hora, temperando suas palavras com tiradas de humor. Deu um certo desconforto, quando, a pedido de Netanyahu, pediu ao Presidente Herzog dar anistia a Netanyahu dos seus julgamentos. Que, aliás, ainda não tiveram vereditos.
Mais tarde, Trump viajaria à Sharm al Sheik, Egito para uma Convenção de Paz com mais de 20 presidentes e primeiros ministros. Entre outros, Alemanha, França, Inglaterra, Qatar, Turquia, Jordânia, Indonésia, Paquistão, Itália, Espanha, Chipre. Por incrível que pareça, "o noivo" não foi convidado para o "casamento". Ressalto que o Egito tem acordo de paz com Israel desde 1977. Trump ouviu o absurdo e ligou para o presidente egípcio Abdel al Fatah A Sisi e, com Netanyahu na conversa, forçou A Sisi a convidar Netanyahu. Este aceitou o convite, mas pouco depois cancelou, alegando o inicio da Festa de Simchá Torá. Mera desculpa. Netanyahu deveria estar lá, era uma grande oportunidade de falar diretamente com líderes de países muçulmanos, árabes e outros, mas o medo que partidos da coalizão o derrubem o fez retroceder. Talvez foi a ameaça de Erdogan que, no avião sobrevoando Sharm, disse que se Netanyahu fosse ele voltaria à Turquia.
Quando parece que tudo vai às mil maravilhas, quem assim o crê não conhece o Oriente Médio. Além da ausência de Israel, ausentaram-se os líderes da Arabia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Oman. Estes por divergências com o Egito e A Sissi, que quer tomar a liderança do mundo árabe. Quem, sim, esteve em Sharm foi o presidente da Autoridade Palestina, líderes de países radicais islamistas como Qatar e a Turquia, entre outros.
Infelizmente o que estava previsto aconteceu. O acordo tem alguns buracos como num queijo suíço. Logo depois de devolver os 20 sequestrados vivos – para a alegria geral da nação – Hamas iniciou suas manobras de não devolver os 28 corpos sequestrados como reza o acordo. Devolveu 4 corpos e o IML israelense identificou só 3 sequestrados. Ante as reclamações, no dia seguinte enviou mais 3 e depois mais 2, dizendo que não sabe onde estão os demais. Isso apesar das FDI poderem lhes informar onde tem mais corpos. Essa atitude da organização terrorista Hamas contraria os acordos assinados.
Em represália, Israel avisou e exige das partes envolvidas pressionar a Hamas a cumprir o acordo com rigor e até que se não o fizer, Israel manterá fechada a passagem de Rafah – é a entrada entre Gaza ao Egito – e a ajuda humanitária a Gaza será reduzida.
O fato de as tropas israelenses cumprirem o acordo e se retiraram até a Faixa Amarela e de que os ativistas da organização terrorista Hamas não deixaram as armas e continuam a controlar a Faixa de Gaza levou a dezenas de mortes que comtinua promovendo essa organização contra os seus adversários, em plenas praças públicas, na frente de multidões para assim também amedrontá-las.
Como o povo de Israel é o povo do "Hatikva", a "Esperança" e todos aqui são otimistas, sabemos que as coisas não terminam tão rapidamente. Haverá empecilhos, mas no fim o bom senso prevalecerá. Se não, voltaremos a combater o mal e a vencê-lo, pois não há outra alternativa.
TRAGÉDIA COM SOBREVIVENTE DO FESTIVAL NOVA - Roei Shalev, de 30 anos, perdeu sua companheira no Festival de música Nova, mas conseguiu sobreviver. Sua mãe, pouco depois se suicidou, por não aguentar a perda no dia trágico de 7/10. Amigos de Roei dizem que ele não sabia como lidar com o que lhe aconteceu em 7/10. Eles temiam que ele fosse se machucar, pois não conseguia se recuperar desde a morte da companheira. Ele deixou uma nota:" Estou queimado por dentro e não aguento mais essa dor". Escreveu que amava a família (pai e 3 irmãos) e que eles e os amigos soubessem "que todo eu sou bom". Num posto de gasolina comprou gasolina, espalhou pelo carro e ateou fogo.
"ESTAMOS COM ISRAEL." - Sem dúvida, o Hamas consegui chamar a atenção do mundo ao caso palestino. Nunca se viu tantas manifestações anti israelenses e antissemitas que surgiram depois da invasão do Hamas em 7/10. No entanto, muitos pro Israel que se acanharam, devido às agressões, agora levantam a cabeça e se manifestam livremente em prol de Israel. Muitos países que já sofrem a influencia islamista dentro de suas fronteiras, como é o caso da França, Alemanha, Holanda e outros, já entendem as consequências dessas imigrações e se colocam ao lado de Israel que defende a causa judaico-cristã.
WASHINGTON POST - Segundo este jornal (dia11) numa série de reportagens da atuação de Trump para fazer um acordo entre Israel e Hamas, ele pressionou duramente Netanyahu a aceitar o seu plano de 20 pontos. Trump inclusive ameaçou suspender o apoio militar e até o diplomático na ONU (vetos no Conselho de Segurança) se Netanyahu não aderisse ao acordo.
SINWAR, JÁ EM 2022, INSTRUIU MATAR E QUEIMAR ISRAELENSES - Em documentos pegos pelas FDI em Gaza e recentemente revelados, o líder da organização terrorista Hamas, Yahya Sinwar dá instruções que foram efetuadas em 7/10. Ele escreveu para matar o quanto maior número de israelenses, pisar nos corpos dos soldados e queimar as casas invadidas, para o público israelense ficar chocado. Lá ele escreve que espera ajuda da Hezbollah do Líbano, dos palestinos da Cisjordânia e dos árabe-israelenses. O Hizbollah, surpreendido pelo ataque, só dias depois iniciou leve bombardeio ao norte do país.
EM JORNAL OFICIAL IRANIANO, A REPÚBLICA ISLÂMICA ADMITE ERRO - O jornal que é porta voz do governo iraniano admite que o ataque do Hamas em7/10 sobre Israel – chamado Dilúvio al Aksa – foi um erro estratégico. Todo o mundo, especialmente o mundo muçulmano, perdeu nisso. Principalmente a Síria, que saiu do Eixo da Resistência e se transformou em Eixo americano e israelense. O jornal tem a supervisão do líder supremo, Ali Khamenai.
PROFESSOR AMERICANO-ISRAELENSE, JOEL MOKYR VENCE O NOBEL DE ECONOMIA - Ele nasceu na Holanda, migrou com sua família para Israel quando tinha 1 ano. Concluiu os estudos de Economia na Universidade Hebraica de Jerusalém. Fez mestrado e doutorado em Yale nos Estados Unidos e leciona na Northwestern University e na Universidade de Tel Aviv. É casado com Margalit e tem 2 filhas. Perguntado como lhe foi informado sobre ter ganho o Nobel, respondeu:" Estava pregado à TV assistindo sobre os sequestrados e preocupado como todos os israelenses. De repente o telefone tocou e me notificaram." Ele recebe a metade do Nobel e a outra metade é dividida entre o francês Philippe Aghion e o canadense Peter Howitt.
NOBEL DE LITERATURA VAI PARA O HUNGARO LÁSZLÓ KRASZNAHORKAI - Tem 61 anos e é de Gyula, Hungria. Seus livros são pós modernos e muito pesados. Seu pai é advogado e escondeu de todos as suas raízes judaicas. Ele só revelou aos filho as origens judaicas quando o menino estava com 11 anos.. László relata nos seus livros a época da Revolução húngara contra o regime comunista e o quanto ele detestava o comunismo.
JUDOCA ISRAELENSE CAMPEÃ MUNDIAL - Muitos tentam impedir que seleções e times israelenses compitam em várias modalidades e o exemplo mais recente foi o Campeonato Mundial de Ginastica na Indonésia, que impediu israelenses de entrarem no país, inclusive o Campeão Mundial e Olímpico, o israelense Artem Dolgopyat. Enquanto isso a judoca israelense Raz Hershko venceu na segunda-feira (13) o Torneio de Judô, em Lima, Peru na modalidade de 78 kg e mais. Ela dedicou sua medalha de ouro ao Tenente Jonathan Gutin, um judoca, que parou de competir para ingressar no Exército de Defesa de Israel (Tsahal) e caiu em Beeri no terrível dia 7/10. "Por meio dele dedico essa medalha a todas as soldadas e soldados que nos permitem representar com orgulho o Estado de Israel", completou. Junto com ela, a judoca Yali Mishiner ganhou a medalha de bronze e o judoca Itzhak Ashpiz ganhou o ouro e Tamar Malca ganhou outra medalha de bronze, totalizando 4 medalhas. Assim a equipe israelense sagrou-se vice campeã do torneio.




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