
Ao final da Parashá anterior, Pinchas, neto de Aarão, é tomado de indignação pela afronta de um príncipe hebreu, em pleno ato sexual com uma mulher midianita, à vista de toda a congregação. Toma, então, uma lança, adentra a tenda em que se encontravam e os mata. Imediatamente, o Eterno faz cessar a mortandade que havia se abatido sobre os filhos de Israel.
O Eterno sela uma aliança de paz e sacerdócio perpétuos para Pinchas e sua descendência. E ordena uma guerra contra os midianitas, que se utilizaram da estratégia de enviar suas próprias filhas para perverter e enfraquecer os israelitas.
Em seguida, determina um novo censo, como parte do processo de repartição da Terra Prometida, cuja conquista se avizinhava. E eis que as 5 filhas de Tselofchad, que não tivera filhos homens, reivindicam a Moisés igualdade de direitos. Moisés consulta o Eterno, que concorda com a justiça do pleito. Não podemos deixar de contextualizar os costumes da época, quando as sociedades eram dominadas exclusivamente pelos homens; e a relevância do que essa decisão significou para a posteridade, mostrando que, aos olhos do Eterno, não há qualquer distinção civil ou religiosa entre os gêneros.
Moisés, então, sobe ao monte Abarim e vislumbra a Terra de Israel, à qual não pisaria. E pede ao Eterno que designe um sucessor para liderar o povo, sendo escolhido Josué.
A Parashá conclui com uma completa descrição dos sacrifícios que deveriam ser ofertados em cada chag do ano.
Em cada geração somos confrontados com diferentes maneiras de tentarem nos destruir. Seja nos ameaçando e afligindo fisicamente; seja, do contrário, nos oferecendo a liberdade que conduz ao relaxamento e à assimilação. A primeira delas nos traz riscos imediatos; a segunda, a longo prazo. De uma forma ou de outra, nunca podemos nos afastar, não obstante quaisquer diferenças que tenhamos entre nós. É a união do nosso povo que nos mantém vivos há milênios.
Am Israel Chai!
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