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A festa de Yom Yerushalaim, também conhecida como Dia de Jerusalém, é uma celebração importante para a comunidade judaica em todo o mundo. Essa festividade foi estabelecida para comemorar a reunificação de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel recuperou o controle da Cidade Velha e do Monte do Templo. Comemoramos em 28 de Iyyar (este ano dia 18 de maio depois do pôr do sol)
Os costumes e tradições associados a Yom Yerushalaim variam, mas geralmente incluem:
Orações especiais: durante o dia, são recitadas orações específicas em sinagogas e outros locais de culto, agradecendo a D’s pela libertação de Jerusalém e pedindo por sua proteção contínua.
Visitas ao Muro das Lamentações em Jerusalém, rezando e deixando bilhetes com pedidos de oração nas fendas das pedras.
Desfiles e eventos comemorativos: em Israel, ocorrem desfiles e eventos festivos para marcar a ocasião. Essas celebrações incluem apresentações musicais, danças folclóricas, discursos e atividades culturais.
Estudos e palestras: alguns grupos e instituições organizam palestras, estudos e debates sobre a história e a importância de Jerusalém no judaísmo, a fim de promover uma maior compreensão e conexão com a cidade sagrada.
Acendimento de velas: em alguns lares judaicos, é costume acender velas especiais para simbolizar a luz espiritual que Jerusalém representa.
O exílio judaico em Jerusalém é um tema de grande relevância histórica e religiosa. Ao longo dos séculos, os judeus foram expulsos de sua terra natal diversas vezes, passando por períodos de exílio e diáspora que duraram séculos. Jerusalém, cidade sagrada para os judeus, foi palco de muitas dessas expulsões.
A primeira grande expulsão aconteceu em 586 a.C., quando o Império Babilônico conquistou Jerusalém e destruiu o Templo de Salomão, símbolo máximo da religião judaica. Os judeus foram levados cativos para a Babilônia, onde viveram por cerca de 70 anos até que o Império Persa permitiu que eles retornassem a Jerusalém e reconstruíssem o Templo.
No entanto, o segundo Templo foi destruído novamente pelos romanos em 70 d.C. e os judeus foram expulsos de Jerusalém e da Judeia. Essa expulsão foi tão significativa que marcou o início da diáspora judaica, que se estendeu por mais de um milênio. Durante esse período, os judeus viveram em comunidades espalhadas pelo mundo, mantendo sua religião e tradições, mas sem poder retornar à sua terra natal.
Ainda assim, Jerusalém continuou sendo um local sagrado para os judeus, e eles nunca esqueceram a promessa de que um dia retornariam à cidade e reconstruiriam o Templo. Essa crença manteve-se viva durante séculos, e foi renovada com a criação do movimento sionista no século XIX, que buscava a criação de um Estado judeu.
Em 1948, o Estado de Israel foi fundado, e Jerusalém passou a ser a sua capital. Isso permitiu que muitos judeus retornassem à cidade e, finalmente, pudessem viver em sua terra natal depois de séculos de exílio. No entanto, a história da cidade não é simples, e ainda há muitos conflitos e disputas em relação ao seu controle e uso.
O exílio judaico em Jerusalém é um capítulo importante da história do povo judeu, que teve que lutar muito para manter viva sua identidade e tradições mesmo quando afastado de sua terra natal. Apesar das dificuldades, a crença na promessa de retorno à Jerusalém manteve-se firme, e hoje a cidade é novamente um lar para muitos judeus.
A Reunificação de Jerusalém teve implicações políticas, sociais e religiosas significativas. Israel anexou oficialmente toda a cidade de Jerusalém, declarando-a como sua capital indivisível. Essa ação, no entanto, não foi reconhecida pela comunidade internacional e gerou controvérsias e conflitos com os palestinos, que também reivindicam Jerusalém como a capital de um futuro estado palestino.
Após a Reunificação, Israel buscou garantir a liberdade religiosa e o acesso aos locais sagrados para todas as religiões, permitindo que judeus, cristãos e muçulmanos praticassem sua fé e realizassem suas peregrinações. No entanto, questões sensíveis persistem, especialmente em relação ao status da Cidade Velha, onde diferentes comunidades religiosas compartilham um espaço sagrado limitado.
A Reunificação de Jerusalém continua sendo um tema de debate e negociação no cenário internacional e no processo de paz entre israelenses e palestinos. Ambas as partes reivindicam Jerusalém como sua capital, e encontrar uma solução justa e duradoura para a cidade sagrada é um dos principais desafios enfrentados na busca por uma paz sustentável na região.
Apesar das complexidades e tensões que envolvem Jerusalém, a Reunificação de 1967 permanece como um marco histórico significativo, refletindo o poder simbólico e emocional dessa cidade única e a importância de sua preservação como um local sagrado para diversas tradições religiosas.
Há cinquenta anos, Jerusalém foi completamente recuperada por seu verdadeiro povo, aquele que a transformou em sua capital - um povo que, durante dois mil anos, orou por ela com nostalgia, falou dela com lágrimas nos olhos, lamentou sua ausência e expressou seus sentimentos através de livros, canções e poemas sobre sua cidade eterna. Os descendentes de Jerusalém voltaram para seu lar eterno - um lar do qual nunca mais se separarão.
Hoje, as palavras proféticas de Zacarias deixaram de ser apenas um sonho e uma promessa que ajudou nosso povo a suportar uma diáspora longa e difícil. Hoje, elas se tornaram uma realidade tangível: "Os velhos e as velhas voltarão a se sentar nas ruas de Jerusalém... e as praças da cidade se encherão de crianças brincando também nas suas ruas" (Zacarias 8:4).
Assim como as palavras deste profeta se cumpriram, em breve também se cumprirão as palavras de outros profetas. O retorno do povo judeu a Jerusalém marca o início de uma nova era - um tempo de paz e prosperidade para todos - quando o mundo inteiro será preenchido por luz e divindade, e a santidade de Jerusalém e da Terra de Israel se espalhará por toda a terra.
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