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Lágrimas de Jerusalém: Reflexões sobre Tisha beAv

Shabat Chazon é o Shabat anterior ao dia 9 de Av (Tisha beAv), que é um dia de luto no calendário judaico. Durante esse Shabat, a Torá semanal é lida com uma perspectiva sombria e reflexiva, preparando os judeus para o período de luto e reflexão que se aproxima.

 

A palavra "Chazon" vem do hebraico e significa "visão" ou "profecia". Nesse contexto, refere-se à haftará (leitura profética) lida durante esse Shabat, que é extraída do livro de Isaías (Isaías 1:1-27). Essa haftará fala sobre a visão do profeta Isaías sobre a destruição de Jerusalém e a necessidade de arrependimento e retorno a D’us.


No nono dia do mês de Av (este ano 2 e 3 agosto – de um por do sol ao outro. Do sol, o calendário hebraico se veste de luto. Tisha beAv, um dia de jejum e reflexão, nos lembra das tragédias que assolaram nosso povo ao longo da história. Desde a destruição do Primeiro e Segundo Templos até as perseguições e exílios, Tisha beAv é um dia para chorar, jejuar e refletir sobre as consequências de nossas ações.

 

Neste dia, somos chamados a lembrar das palavras dos profetas, que nos alertaram sobre a importância de seguir os caminhos da justiça e da compaixão. Somos lembrados de que a destruição de Jerusalém não foi apenas um evento histórico, mas também uma metáfora para a destruição espiritual que pode ocorrer quando nos afastamos dos valores da Torá.

 

À medida que jejuamos e nos lamentamos, somos também chamados a refletir sobre a esperança e a redenção. Pois, mesmo nas trevas do exílio e da destruição, há sempre uma luz de esperança que nos guia. Acreditamos que, assim como o Templo foi reconstruído, nossa conexão com D’us e com nossos irmãos pode ser restaurada.

 

Neste Tisha beAv, que possamos encontrar forças para refletir sobre nossas ações e nos comprometer a seguir os caminhos da justiça e da compaixão. Que possamos encontrar consolo nas palavras dos profetas e na promessa de redenção que nos é oferecida. E que, ao final do jejum, possamos emergir renovados e fortalecidos para enfrentar os desafios do futuro.

 

"Que as lágrimas de Jerusalém se transformem em lágrimas de alegria, e que possamos logo ver a reconstrução de nossa cidade santa."

Por

Marcos Wanderley

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