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Mensagem do Presidente

Caros amigos,


A guerra é, sem dúvida, uma das maiores tragédias da humanidade. Sempre foi. Mas a história também nos ensinou que há guerras que nascem da necessidade de evitar catástrofes maiores. Guerras que, por mais dolorosas, carregam em si o peso de escolhas difíceis diante da ameaça de um mal ainda mais profundo.


Não é simples falar de paz num mundo em que o fanatismo cresce como fogo em campo seco. Todos desejamos a harmonia, mas aprendemos — muitas vezes com o sangue dos nossos — que a omissão, em certos momentos, apenas adia o inevitável. A paz que não se sustenta na verdade e na coragem pode se transformar em ilusão. E ilusão, neste contexto, tem consequências reais.


O Irã, terra de cultura milenar, foi por muito tempo parceiro e próximo. Mas desde 1979, uma névoa de obscurantismo cobriu aquele país, distanciando o povo de sua própria liberdade. Quando líderes escolhem a intolerância, e investem contra outros povos com ódio declarado e armas ocultas, o silêncio dos justos torna-se cumplicidade.


Israel, como qualquer nação soberana, tem o direito — e o dever — de se proteger. Isso não é desejar a guerra. Isso é não aceitar ser destruído em nome da paz alheia. O mesmo vale para todos que prezam pela vida, pela liberdade e pela continuidade de seu povo.


No entanto, é justamente por sermos herdeiros de uma tradição milenar de ética e humanidade que não podemos permitir que qualquer conflito — por mais legítimo — seja usado como pretexto para o antissemitismo. Nenhuma ação geopolítica, nenhuma decisão estatal, justifica o ódio contra um povo inteiro, contra uma religião, contra indivíduos que compartilham de uma fé ou origem.


Convido cada um de nós a refletir com profundidade e responsabilidade: defender o direito à existência de Israel e denunciar o antissemitismo não são atitudes contraditórias — são, na verdade, complementares. São faces de um mesmo compromisso com a dignidade humana.


Sigamos firmes. Com coragem, mas também com discernimento. Que não nos calem nem o medo, nem a culpa. Que saibamos distinguir defesa de agressão, justiça de revanche, e acima de tudo, que continuemos a caminhar com a integridade que nos trouxe até aqui.


Com respeito e esperança,


Mauro Brachmans

Presidente da Sociedade Israelita da Bahia

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