Notícias de Israel
- David S. Moran
- 18 de set.
- 7 min de leitura
A SEMANA TURBULENTA NO ORIENTE MÉDIO - Israel está passando uma fase muito difícil e triste. Primeiramente, devido a esta prolongada guerra contra a organização terrorista Hamas. Guerra mais justa depois que Hamas invadiu Israel e num dia executou um massacre de 1.200 civis. A reação de Israel foi violenta, mas com o exército mais humano possível. Avisa a população para se retirar das áreas de combate, para evitar que não envolvidos sejam atingidos. Hamas busca refúgio atrás dos civis e não os deixa sair, para mostrar ao mundo, fazendo uso da mídia, da "crueldade" das tropas israelenses.
Os fundos dados por Qatar a entidades, universidades, políticos, formadores de opinião pública, etc... repentinamente surtiram o efeito desejado pelos radicais do Qatar e fizeram abrir ataques, não só contra israelenses, mas também contra judeus no mundo, fazendo ressurgir o antissemitismo.
Israel luta por sua sobrevivência e teve que combater o Hezbollah, no Líbano e o conseguiu; combater a Síria e o seu líder Bashir al Assad – de uma dinastia de mais de 50 anos - caiu. Em seu lugar veio Ahmed al Sharaa (Mohamad al Julani), antigo líder rebelde jihadista, que trocou as armas pelo terno e gravata. Através dos americanos está em negociação com Israel e os dois países estão a ponto de assinar um tratado de segurança.
O líder do Eixo do Mal, o Irã - que ameaçava o Estado Judeu (e posteriormente o Ocidente) com arma nuclear e financiava e fornecia material bélico ao Hamas, Hezbollah, Houtis e todos que lutavam contra Israel - sofreu um revés. Israel, num ataque que vai ser estudado nas academias militares, por muito tempo, conseguiu bombardear os principais lugares de fabricação de armas nucleares, contou com ajuda americana em Fordow e eliminou boa parte da cúpula militar iraniana.
Quem continua o pingue-pongue de troca de ataques são os Houtis do longínquo Iêmen, a mais de 2.000 km, de Israel. Eles lançam misseis e drones explosivos que Israel abate, ou que caem no vasto deserto da Arabia. Israel contra-ataca, geralmente nos seus principais portos, para cortar o fornecimento de material bélico iraniano.
Devido ao ataque israelense no Qatar, este país mal visto por muitos países árabes, conseguiu reunir esta semana uma cúpula de países árabes e muçulmanos.
Infelizmente, o ataque que tinha por intenção matar os líderes do Hamas que estavam em Qatar conseguiu unir os países árabes e muçulmanos, que se reuniram em Doha. Evidentemente, todos os países criticaram a ação israelense, mas não foram tomadas medidas concretas. Não nos esqueçamos de que há exatamente 5 anos foram assinados os acordos de Abraão, que regularizaram as relações entre Israel, os Emirados e Bahrein e pavimentaram o caminho para um acordo com a Arabia Saudita, que neste momento parece que deum uma volta atrás.
Os acordos com o Egito (1977) e a Jordânia (1994) continuam de pé, mas com advertências. Na quinta-feira (18), o terrorista jordaniano, motorista de caminhão da Ajuda Humanitária para Gaza abriu fogo, na Ponte Allenby e matou 2 israelenses. Há mais de 1 ano não havia incidentes na fronteira israelo-jordaniana.
Depois de debates entre o comando militar e o governo, as FDI iniciaram esta semana ofensiva terrestre na cidade de Gaza. As forças seguem lentamente, para evitar baixas suas e preservar ao máximo os gazenses. Cerca de 400.000 deles evacuaram para o sul, mas algumas centenas ainda permanecem na cidade.
Israel sofre bastante as consequências desta longa guerra. Mas, nem mesmo as manifestações diárias contra o governo mexeram um nervo na face do Netanyahu, os 48 sequestrados ainda continuam no cativeiro e o status de Israel no mundo cai.
O mundo dá as costas a Israel e Netanyahu num discurso esta semana (15) disse, para variar, uma verdade em hebraico, admitindo que leva Israel ao isolamento e que devido às sanções, Israel vai ter mercado fechado, isto é isolacionista. Evidentemente que a bolsa de Tel Aviv caiu em consequência. No dia seguinte, Netanyahu tentou remediar. Israel importa muitos produtos e é carente de matéria-prima. Ao mesmo tempo, tem grande exportação e é o segundo maior fornecedor de material bélico à Europa (só perde para os EUA), desde computação até misseis.
Parece que o dignatário israelense só tem uma coisa em mente, manter-se no poder e com os parceiros da extrema direita e dos haredim, que baixam o nível da vida israelense, seja porque muitos deles não trabalham, não estudam estudos modernos e não cumprem as tarefas da nação como servir nas Forças de Defesa de Israel. É triste.
Enquanto o mundo se volta contra Israel, na semana que vem a Assembleia Geral da ONU estará reunida em sessão antecipada foi aprovada a resolução apresentada pela França e pela Arabia Saudita da implementação da solução de 2 Estados. A aprovação foi de 142 países a favor, 10 contra e 12 abstenções. Na reunião da semana que vem provavelmente muitos países reconhecerão o Estado Palestino, que nem tem fronteiras fixas e nem economia autônoma.
ISRAEL NA ENTRADA DO ANO JUDAICO DE 5786 - O Estado de Israel moderno ressurgiu como a fênix das cinzas do Holocausto. Em 77 anos chegou a níveis que países veteranos não chegaram. Formou um povo estudioso, valente e unido. Sendo a única democracia no Oriente Médio, nem sempre tem o governo que merece, pois a democracia não é perfeita.
Já destaquei que entre as 100 melhores universidades do mundo estão 3 universidades israelenses. Agora foi publicado no Pitch Book, que entre as 10 melhores universidades de inovações e construção de startups, há 2 universidades israelenses: a Universidade de Tel Aviv está no 7º lugar e é o 1º lugar de Universidade fora dos Estados Unidos. O renomado Technion, de Haifa, está na 10ª posição. Em 10 anos, 865 empreendedores que se formaram na Universidade de Tel Aviv, arrecadaram 30 bilhões de dólares em 736 companhias. Está à frente de universidades tradicionais como Yale (12ª), UCLA (13ª) e Princeton (15ª). O Technion com 1.300 empreendedores, formou 670 companhias, arrecadando 26 bilhões de dólares.
Na entrada do ano novo judaico nos relembramos que desde 7.10.23 a 31.12.24, 1.267 civis e militares morreram e 48 reféns ainda estão no cativeiro.
Em 2024, a alta tecnologia gerou 317 bilhões de shekels (88 bilhões de dólares), gerando emprego a 11.5% da força de trabalho. Foram formadas 505 empresas novas de alta tecnologia. Tel Aviv se encontra no 4º lugar na arrecadação de capital para Hitech, perdendo somente para San Francisco, NYC e Boston.
A Indústria Rafael acaba de anunciar que finalizou os exercícios da primeira arma de raios laser, do mundo, que entrará em serviço nas FDI ainda em 2025. O sistema chamado Or Eitan (Laser Dome, em inglês) abaterá drones, misseis e morteiros. A Elbit também estava envolvida no projeto deste aparelho, que completa a linha de baterias anti-aéreas e anti- mísseis. O preço do raio laser é de centavos comparado a milhares ou mesmo milhões de dólares gastos nas outras baterias.
A população de Israel é de 10.148.000, dos quais 7.707 milhões são judeus (78.6%), 2.104 milhões de árabes (21.4%) e 261 mil estrangeiros. Entre os judeus, 42.7% são seculares, 21% tradicionais, 12% religiosos tradicionais, 12% religiosos e 11.4% ultraortodoxos. Cerca de 10% da população vive na Capital do Estado, em Jerusalém. Além disso, 62.7% da população tem casa própria. Neste ano, o nome mais comum das meninas recém nascidas é Avigail, Tamar, Libi, Yael, Sara, Ella, Noa e Lia. Entre os meninos: Lavie, Ariel, David, Rafael, Uri, Yehuda, Ari, Eitan e Michael. Se incluirmos a população árabe, os nomes mais comuns são Muhamed, Yossef ou Yussuf, Adam, David, Lavie, Ariel Omer ou Omar, Rafael, Uri e Yehuda.
CURTAS:
ALGUNS SINAIS DE SENSATEZ - Equador - O presidente Daniel Noboa assinou na segunda-feira (14) a declaração de que o Hamas, o Hezbollah e os Guardas Revolucionários do Irã são organizações terroristas e ameaçam a soberania equatoriana.
Inglaterra - Mais de 150 mil londrinos fizeram uma manifestação no centro de Londres com bandeiras inglesas, e até algumas israelenses, protestando contra a invasão de estrangeiros, mais precisamente de muçulmanos ao país. Os ocidentais tem sua cultura e a imposição, em certas áreas de outra cultura no país preocupa os nativos.
É OUTONO, AS AVES PASSAM POR ISRAEL PARA ÁFRICA - Este lindo fenômeno acontece 2 vezes por ano. No outono, mais de 500 milhões de aves passam por Israel para buscar se esquentar no continente africano, antes da entrada do frio na Europa. São os mais diversos tipos de aves, desde flamingos, cegonhas até passarinhos. Na lagoinha Ahula, no norte, eles geralmente pernoitam. Têm alimentação e depois seguem viagem. Os pilotos da Força Aérea têm tomado cuidado e até há soldados destacados para acompanhar a emigração das aves e dar aviso prévio aos pilotos. Mesmo assim, houve um acidente em que um pássaro se chocou contra o vidro de um caça e este teve que fazer um pouso de emergência, pois além do vidro quebrado, o piloto foi ferido.
GINASTA ISRAELENSE É CAMPEÃO DO MUNDO - O ginasta Artem Dolgopyat já há anos é tido como um dos maiores ginastas do mundo. No domingo (14), no Campeonato Mundial de Ginastica em Paris, este israelense sagrou-se Campeão Mundial em Exercícios de Solo. Conquistou 14.466 pontos, superando o ginasta da Belarus que obteve 14.200 pontos e o francês com 14.133.
ATOR E DIRETOR HUNGARO LASZLO NEMES É A FAVOR DE ISRAEL - Laszlo atuou no filme "O Filho de Samuel", que se passa em Auschwitz, no qual ganhou o Oscar. Na apresentação de um novo filme , "Órfão", que também se passa no período da Segunda Guerra Mundial, Laszlo criticou os atores que assinaram moção de protesto contra Israel. "Eles vivem no bem bom e enquanto tomam o seu café, julgam o mundo que não conhecem e nada sabem dele. É melhor os artistas lidarem com a arte". Nos 2 filmes acima, ele relata fatos ocorridos com sua família. Este filme foi escolhido para representar a Hungria no Oscar.
ÚLTIMA HORA - Nesta quinta-feira (18) caíram 4 oficiais que estavam viajando num Hammer aberto atrás de um D9 que abria caminho na cidade já ocupada pelas forças israelenses Khan Younes. O Hammer parece que saiu da rota aberta e deve ter acionado uma mina, que explodiu matando os 4, ferindo gravemente outro, e 2 com ferimentos leves.
Este país é maravilhoso, pena que que estes são os nossos inimigos. Enquanto os judeus prezam a vida, os jihadistas prezam a morte. O mundo civilizado ainda não o aprendeu. Vale a pena ler "O choque da civilização" do Prof. Samuel Huntington.



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