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Notícias de Israel

DOIS ANOS DE GUERRA, TUDO (QUASE) IGUAL - Após dois anos e um mês da mais longa guerra da história de Israel — e, por cima, com quem? Com uma organização terrorista, o Hamas — parece que quase nada mudou. Tudo continua — quase — igual. Não há dúvidas de que Israel conseguiu se levantar rapidamente do desastre em que foi apanhado no dia 7 de outubro de 2023, com a invasão do Hamas, que assassinou 1.200 israelenses.


No plano político israelense, ninguém assumiu a responsabilidade, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu só a toma para si quando Israel sai vitorioso. Trump, sem conhecer a fundo a mentalidade dos palestinos, veio como um tufão, parecendo “veni, vidi, vici”. Achou que bastava ver o topete dele e o assunto estaria resolvido — “a guerra de 3.000 anos”.


Todos os envolvidos e os países interesseiros assinaram um acordo. Israel, conforme reza o acordo, retrocedeu suas tropas para “a linha amarela”, esperando que o Hamas fizesse a sua parte: devolvesse os 48 sequestrados (20 vivos e 28 assassinados), entregasse suas armas e se retirasse do governo e da Faixa de Gaza. A parte dos sequestrados foi violada, e só a pressão israelense conseguiu fazer o Hamas entregar a Israel os 20 sequestrados vivos e, a prestações, parte dos sequestrados assassinados. Isso depois de enganar as autoridades e, de vez em quando, entregar restos mortais de desconhecidos — talvez pensando que o IML israelense não descobriria o fato.


Ao contrário do que disse Netanyahu — “lutaremos até o total desarmamento do Hamas e para que não governe a Faixa de Gaza” —, não só o Hamas não entregou suas armas, como essa organização está contrabandeando armamento com drones do Egito e recrutando jovens para repor os ativistas que foram mortos. O retorno lento dos sequestrados parece proposital. Assim, eles ganham tempo e conseguem se manter no poder.


Na quarta-feira (5), terroristas do Hamas tentaram enfrentar forças israelenses, e dois deles foram mortos. Outros 200 terroristas parecem estar presos em seus próprios túneis, debaixo de área ocupada por Israel. A libertação deles depende de uma condição: a de que o Hamas entregue os remanescentes seis sequestrados mortos que ainda estão em seu poder.


O Hamas está longe de ser derrotado. Informes apontam que o grupo acusará Israel no mundo de promover crise humanitária e, assim, adiará a fase B do acordo. Dessa forma, incentivaria protestos anti-israelenses ao redor do mundo. O absurdo é que a Faixa de Gaza é abastecida com alimentos suficientes e, além disso, Israel fornece a Gaza seus combustíveis e eletricidade. E eles ainda reclamam.


Ao mesmo tempo, a organização terrorista Hizballah, que estava na lona, aproveita-se da situação de fraqueza do governo libanês e consegue receber contrabando de armamento do Irã, que passa através da Síria. Isso inclui mísseis de curto alcance. Israel acompanha essas atividades e as ataca. Certamente, nem todas as operações são abortadas.


O presidente Trump ajudou muito Israel, mas também tem seus interesses, que não vão de acordo com os de Israel. Ele é muito amigo dos dirigentes do Qatar e da Turquia — dois países de linha islâmica radical e muito anti-israelenses. Mostrou-se até disposto a vender à Turquia, país membro da OTAN, os caças F-35, e também à Arábia Saudita. Se o fizer, Israel perde parte de sua superioridade aérea — fato muito preocupante, já que nenhum desses países é amante de Sião.


Assim, chegamos a dois anos de guerra, e Israel demonstrou sua superioridade militar, mas não conseguiu sua meta: tirar o Hamas do governo de Gaza, nem destruir a Hizballah.


Esta semana, Israel recebeu os corpos de sete sequestrados. Nas mãos do Hamas ainda restam seis corpos, inclusive o do tenente Hadar Goldin, da unidade de comando da Brigada Givati, que caiu em 2014 e cujo corpo está nas mãos do Hamas desde então. O coronel Assaf Hamami “fechou sábado”, como se diz aqui aos que ficam no quartel no fim de semana. Tudo estava tranquilo, e ele até trouxe o seu filhinho para estar com ele no fim de semana. No sábado, 7.10.23, às 6h29 da manhã, as sirenes eclodiram em todo o país, ante o lançamento de foguetes e a invasão do Hamas aos kibutzim ao lado da fronteira.


O coronel Hamami foi o primeiro a entender a gravidade da situação: deixou o filho com alguém e partiu com dois ajudantes para combater os invasores. Eles lutaram e mataram dezenas de terroristas, até esgotarem a última bala, e foram mortos. Os terroristas não sabiam quem eles eram, mas, o que nunca se fez em nenhuma guerra, levaram os corpos como troféus para mostrar aos residentes de Gaza.


Ele foi enterrado no Cemitério Militar em Kiriat Shaul, com a presença de sua família, do presidente Herzog, do chefe do Estado-Maior, Zamir, de deputados e milhares de pessoas. Infelizmente, ninguém do governo se fez presente.


Outro sequestrado que voltou com Hamami foi o capitão Omer Maxim Neutra, judeu dos Estados Unidos que se voluntariou e emigrou para Israel para servir no exército. O terceiro que foi entregue pelo Hamas foi o primeiro-sargento Oz Daniel, tanqueiro de 19 anos, que morreu em combate.


CENSO PALESTINO PREOCUPANTE - Pesquisa feita pelo Dr. Halil Shkaki, diretor do Instituto Palestino de Política e Censos, revela que 60% dos habitantes de Gaza e só 40% dos residentes na Cisjordânia são a favor do plano de Trump para terminar a guerra. Porém, 55% da população é contrária ao desarmamento dos terroristas do Hamas. Mesmo dois anos após o início da guerra e suas consequências, 50% dos palestinos de Gaza e da Cisjordânia apoiam o ataque do Hamas. Ao mesmo tempo, 40% acreditam que o Hamas venceu a guerra, e só um terço deles é a favor da volta da Autoridade Palestina para governar Gaza.


A proposta de formar um Conselho de Especialistas Internacionais para governar a Faixa de Gaza encontra oposição de 54% dos palestinos, e somente 45% a apoiam. Quanto à colocação de uma força árabe armada em Gaza, 53% são contrários.


Na liderança, os palestinos têm grave problema. Quarenta e nove por cento gostariam de ver Marwan Barghouti como seu líder; ele está cumprindo pena de prisão perpétua por assassinar cinco pessoas. Um dos líderes do Hamas, Khaled Mashaal, que vive confortavelmente no Qatar, recebe o apoio de 36%, e o atual presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, tem aprovação de apenas 13%.


Muitos israelenses alegam que todos na Faixa de Gaza são do Hamas, pela atitude e participação na chacina de 7 de outubro. A pesquisa mostra que, de fato, 60% da população está satisfeita com o Hamas e só 20% com Abbas, da Fatah. Cinquenta e três por cento dos habitantes da Cisjordânia são contrários à criação de dois Estados (Israel e Palestina). Isso significa que gostariam de ver Israel exterminado. Trinta por cento dos habitantes da Faixa de Gaza ainda acreditam que a luta armada é o melhor meio de terminar a ocupação israelense. Na Cisjordânia, vão mais além: 49% são favoráveis à luta armada.


OS HAREDIM SÃO PARTE DE ISRAEL OU NÃO? - A resposta simplista é não. Esta semana, os ultraortodoxos realizaram uma manifestação que chamaram de “a manifestação de um milhão”. Na realidade, conseguiram reunir cerca de 200 a 300 mil haredim e fecharam a entrada principal de Jerusalém, causando um desastre no trânsito. Eles são contrários a qualquer lei que os obrigue a se alistar no exército, como todos os jovens israelenses.


A lei do recrutamento dos haredim está sendo elaborada há anos, e o governo teme aprová-la para não irritar seus líderes, que já deixaram seus ministérios, mas ainda apoiam o governo. (Foram criados 34 ministérios para satisfazer os ultraortodoxos.)

O deputado Yuli Edelstein (Likud), que foi destituído da elaboração da lei, disse, após ver a nova versão: “Vejo que os que me destituíram têm razão. Eu não tenho a capacidade de criar um esquema de evasão no lugar da lei do recrutamento. Ainda por cima, quando estamos numa guerra e os reservistas estão caindo de exaustão. Nesta guerra, caíram 921 soldados, 20.000 foram feridos, e o exército reclama da falta de 12.000 soldados. Mas os haredim não querem arregimentar suas forças e participar.”

O exército até criou uma brigada especial só para os ultraortodoxos, mas a aceitação é pequena. Eles não querem que nem mesmo aqueles que não estudam ingressem no exército, temendo que, estando lá, percam sua fé.


A perda para Israel é tripla. Eles fazem falta nas Forças de Defesa de Israel, alegando que estudam. Mesmo aqueles que não estudam não podem trabalhar e, ao mesmo tempo, por motivos de coalizão governamental, recebem mais verbas do que o israelense que cumpre seus deveres.


Há uma nova proposta de alistamento: no primeiro ano, 4.800 haredim; no segundo ano, 5.800; no ano seguinte, 6.800; no quarto ano, 8.000; e depois, a metade dos jovens em idade militar. Pelo que aconteceu no passado, tenho certeza de que isso também não será cumprido.


ANTI ISRAELENSE ELEITO PREFEITO DE NOVA YORK - Na quarta-feira (5), foi eleito, pela primeira vez, um prefeito muçulmano e xiita para a cidade de Nova York. Zohran Mamdani, de apenas 34 anos, naturalizou-se americano em 2018 e nasceu em Uganda. É um socialista — que Trump chama de “comunista” — e subiu ao cenário municipal de Nova York há apenas um ano. Cativou o público com seu eterno sorriso e com promessas de tornar o transporte coletivo gratuito, congelar o preço dos aluguéis por cinco anos, reduzir a verba da polícia, investir em educação e aplicar altos impostos sobre os ricos. Grande parte de suas promessas, no entanto, não é de sua alçada.


Ele é ativo pró-palestino e, durante sua campanha, atacou várias vezes o Estado de Israel e os judeus. Recusa-se a reconhecer Israel como o Estado judeu, prometeu cortar as relações entre o Technion e a Universidade de Cornell e prender o premiê Netanyahu, caso ele venha a Nova York. Mamdani apoia o movimento BDS e definiu o sionismo como ilegítimo. Entre outras posições, apoia a organização terrorista Hamas.


Ele se encontrou com haredim anti-israelenses (Satmar) e diz que combaterá o antissemitismo — apenas para satisfazer os judeus da cidade, que tem a maior população judaica fora de Israel, e dos quais 30% “caíram” em seu carisma. Sessenta por cento votaram no ex-governador Cuomo. Em seu discurso da vitória, dirigiu-se aos eleitores muçulmanos, em árabe, dizendo que um milhão de muçulmanos da cidade agora também estão no controle da cidade.


Tudo isso ocorreu na mais importante cidade americana, que, em 11 de setembro de 2001, sofreu o maior desastre perpetrado por radicais islamistas, quando as Torres Gêmeas foram derrubadas, causando a morte de 3.000 pessoas.


O presidente Trump sofreu grande derrota com a eleição de outros prefeitos democratas em vários estados e afirmou que não repassará a Mamdani verbas federais além do mínimo exigido por lei. Os judeus que votaram em Mamdani, Trump chamou de “bobos”.


AS LUTAS EM MALI, ÁFRICA - Na semana passada, escrevi sobre as atrocidades que árabes muçulmanos cometem contra africanos muçulmanos. E de Mali, na África, o(a) leitor(a) ouviu o que lá se passa? Este país, com 25 milhões de habitantes e de maioria muçulmana, é um dos maiores exportadores de ouro do continente africano. Apesar disso, é subdesenvolvido: metade da população vive na pobreza, as escolas estão fechadas e há eletricidade apenas por algumas horas por dia.


Desde 2020, uma junta militar governa o gigantesco país — com mais de 1 milhão de km² — localizado no leste da África. Rebeldes jihadistas ligados à Al-Qaeda lutam contra o governo há anos e já ocupam partes do território. Nessas regiões, vigora a sharia, a tradição islâmica extremamente rígida. Entre outras imposições, as mulheres são obrigadas a se cobrir usando o hijab.


Há dois meses, os jihadistas estão sitiando a capital, Bamako, que tem 4 milhões de habitantes. O receio é que, com a falta de gasolina, o governo militar entre em colapso e o caos se estenda aos países vizinhos Níger e Burquina Fasso. Esses três países expulsaram as forças colonialistas da França.


Como não há vácuo de poder, no lugar dos franceses chegaram mercenários de Putin — o grupo Wagner. Agora, com um novo grupo sob controle do Kremlin, o Regimento África, o desastre é ainda maior: os jihadistas só se fortaleceram e, nos três países, executam cada vez mais ataques, podendo derrubar seus governos e instaurar regimes radicais.


HAMAS ENTREGA MAIS UM SEQUESTRADO - Agora estão em suas mãos seis sequestrados, inclusive o tenente Goldin, que está em Gaza desde 2014. Na quarta-feira à noite, o Hamas entregou à Cruz Vermelha o corpo de um sequestrado que só foi identificado pelo IML como Joshua Luito Mollel, de 21 anos, da Tanzânia.

Ele era estudante de Agricultura e veio se especializar em Israel apenas 19 dias antes de 7 de outubro. Enquanto aguardava o início dos estudos, foi trabalhar no estábulo do kibutz Nahal Oz, onde foi surpreendido pelos terroristas do Hamas, que o mataram e levaram seu corpo para Gaza.


Joshua fazia parte de um grupo de estudantes da Tanzânia que veio se aprimorar em um campus agrícola, cujo curso começaria após o ano-novo judaico. Enquanto isso, foram trabalhar em kibutzim, e Joshua e outro companheiro da Tanzânia, Ovicius, atuavam em Nahal Oz. Joshua estava de plantão no celeiro leiteiro, e Ovicius estava em seu quarto. Este se salvou por não estar de plantão, mas também acordou com as bombas que pipocavam por toda parte. Pelo celular, manteve contato com seu companheiro por três horas, até que não obteve mais resposta. Joshua foi morto. Sua família foi informada e, agora, seu corpo será transladado para a Tanzânia.


IRÃ ESTÁ NUMA CRISE - O país dos aiatolás perdeu o controle e, desde que sofreu com as consequências da guerra, sua economia vem se deteriorando. O Irã, grande exportador de petróleo, agora enfrenta escassez do próprio “ouro negro” e, como se vê na foto, os carros estão se amontoando em frente aos postos de gasolina. Há falta de energia elétrica e grave escassez de água.


Apesar de todos esses e outros problemas, o Irã continua tentando abastecer suas proxies com armamento e até ameaça reiniciar a reconstrução de suas usinas nucleares. Se tivesse sensatez, faria paz com Israel — e este, certamente, o ajudaria a purificar a água do mar, para que a população persa pudesse beber à vontade.


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