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Parashat Behar - No Monte (Sinai)


Imagem de StockSnap por Pixabay



Na Parashá Behar o Eterno ordena a Moisés dizer ao povo que, após tomar posse da terra de Israel e reparti-la entre as tribos conforme determinado, por seis anos a terra seria trabalhada e no sétimo ano deveria descansar. Nada podia ser plantado ou colhido. O que nascesse espontaneamente, seria de todos – do dono, do escravo, do empregado, do peregrino e dos animais. O Eterno proveria o sexto ano com uma produção suficiente para 3 anos – o próprio sexto ano, o ano sabático e o oitavo ano, até que a semeadura gerasse novos frutos.


E após sete vezes sete anos, o quinquagésimo ano seria consagrado ano do jubileu. Nesse ano santificado, os escravos deveriam ser libertados e as dívidas, perdoadas. Cada um voltaria à terra designada à sua possessão original. E todos os contratos de compra e venda de terra seriam encerrados. Ao se negociar a terra, se levaria em consideração os anos que faltavam para o próximo jubileu e o preço seria proporcional, o que equivaleria na prática a um contrato de locação. “E a terra não será vendida em perpetuidade, porque Minha é a terra, pois peregrinos vós sois para Mim”.


Nos dias de hoje tal legislação seria tida por espantosa, dada a evolução das civilizações e seus costumes. Mas ela nos lembra que em nossa vida terrena não somos proprietários de absolutamente nada, temos tão somente o usufruto de nossas conquistas. No dia em que formos chamados à presença do Eterno, nada de material levaremos conosco, apenas a riqueza espiritual que amealhamos com as nossas ações e com a evolução que experimentamos.


A Parashá também determina que temos a obrigação de amparar um irmão que empobrece e, mais do que isso, de ajudá-lo a se reerguer. Tzedaká é uma palavra de muitos significados. Caridade, bondade e justiça andam de mãos dadas.


Lembrar disso é especialmente importante nessa semana em que celebramos Lag BaÔmer – o 33º dia da contagem do Ômer, que marca o dia do falecimento do Rabi Shimon Bar Yochai, o autor do Zohar, o texto clássico da Cabala, assim como o dia em que cessou uma grande praga que vitimou muitos discípulos de Rabi Akiva, motivada, segundo nossos sábios, porque eles não vinham agindo respeitosamente uns com os outros.


Respeito e bondade, duas virtudes que devemos buscar todos os dias de nossas vidas, para a nossa própria evolução e para o melhoramento do mundo.


Shabat Shalom!


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