Créditos: Snoopy and Woodstock in the Starry Night With Sunset End by Wagner (licensed under the Creative Commons Attribution-Share Alike 4.0 International license.)
Aproveitamos o domingo de sol e fomos caminhar, Verinha e eu, na orla da Barra. Adoramos caminhar e correr na Barra, o que fazemos regularmente. Além da atividade física em si, nos deleitamos com a beleza absurda da vista. E, de quebra, ainda tomamos a nossa dose diária de vitamina D, tão recomendada pelos médicos (à exceção dos dermatologistas).
Ao final, claro, a parada obrigatória na barraca de coco predileta, no Jardim Brasil. E lá, entre um gole e outro, vimos chegar uma moça que, entre diversos outros assuntos, comentou: “agora quem começa a espirrar faz um chá de revelação pra saber se é gripe, COVID ou outra coisa”.
Fiquei com aquilo na cabeça. O assunto é sério e ela não parecia estar debochando dos milhares de vítimas que sucumbiram a esse pesadelo que vivemos há dois anos. Mas, sim, estava afrontando o inimigo cruel que nos ameaça todo o tempo.
A finitude é o maior dos nossos dilemas existenciais. Procuramos não pensar muito no assunto, o empurrando para um futuro distante. Mas é a única certeza da vida (além dos impostos). Por isso, quando temos a capacidade de brincar e rir ao abordar o tema, estamos, ainda que por um breve instante, desafiando - e vencendo - a morte.
Vi outro dia um quadrinho do Snoopy conversando com o seu amigo Charlie Brown. Charlie dizia: “Um dia todos iremos morrer, Snoopy”. Ao que ele respondeu: “Mas todos os outros, não!”. Simples assim! Filosofia em estado puro e de uma profundidade imensa! Por que morrer antes da hora? Vamos viver intensamente todos os dias que tivermos o privilégio de receber, como um presente. E sentir e expressar gratidão. E tentar construir coisas belas. E contribuir para tornar mais leves os dias de quem estiver ao nosso redor. Enfim, vamos tratar de ser felizes, amigos!
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