top of page

Snoopy e minha água de coco

Foto do escritor: Mauro BrachmansMauro Brachmans



Aproveitamos o domingo de sol e fomos caminhar, Verinha e eu, na orla da Barra. Adoramos caminhar e correr na Barra, o que fazemos regularmente. Além da atividade física em si, nos deleitamos com a beleza absurda da vista. E, de quebra, ainda tomamos a nossa dose diária de vitamina D, tão recomendada pelos médicos (à exceção dos dermatologistas).


Ao final, claro, a parada obrigatória na barraca de coco predileta, no Jardim Brasil. E lá, entre um gole e outro, vimos chegar uma moça que, entre diversos outros assuntos, comentou: “agora quem começa a espirrar faz um chá de revelação pra saber se é gripe, COVID ou outra coisa”.


Fiquei com aquilo na cabeça. O assunto é sério e ela não parecia estar debochando dos milhares de vítimas que sucumbiram a esse pesadelo que vivemos há dois anos. Mas, sim, estava afrontando o inimigo cruel que nos ameaça todo o tempo.


A finitude é o maior dos nossos dilemas existenciais. Procuramos não pensar muito no assunto, o empurrando para um futuro distante. Mas é a única certeza da vida (além dos impostos). Por isso, quando temos a capacidade de brincar e rir ao abordar o tema, estamos, ainda que por um breve instante, desafiando - e vencendo - a morte.


Vi outro dia um quadrinho do Snoopy conversando com o seu amigo Charlie Brown. Charlie dizia: “Um dia todos iremos morrer, Snoopy”. Ao que ele respondeu: “Mas todos os outros, não!”. Simples assim! Filosofia em estado puro e de uma profundidade imensa! Por que morrer antes da hora? Vamos viver intensamente todos os dias que tivermos o privilégio de receber, como um presente. E sentir e expressar gratidão. E tentar construir coisas belas. E contribuir para tornar mais leves os dias de quem estiver ao nosso redor. Enfim, vamos tratar de ser felizes, amigos!


141 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page