Antes de Gal Gadot, havia Gila Golan

Gal Gadot, a atriz israelense que conquistou fama mundial, é uma figura icônica na indústria do entretenimento contemporâneo. Nascida em 1985 em Rosh HaAyin, Israel, Gal emergiu como um talento notável e inspirador, ganhando reconhecimento internacional por seu papel como a icônica Mulher-Maravilha nos filmes da DC. Sua presença carismática, graça e comprometimento com personagens fortes a transformaram em um símbolo de empoderamento feminino e diversidade no cinema. Mas bem antes dela fazer se transformar na israelense queridinha de Hollywood, outra atriz já tinha feito este papel...

Gila Golan (Fonte)

A vida de Gila Golan é uma história de resiliência e sucesso que transcendeu fronteiras e desafios inimagináveis. Nascida em 1940 em Kraków, na Polônia, Gila teve um começo de vida marcado pela tragédia e pela incerteza. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando ainda era uma criança, ela foi escondida dos nazistas por uma família católica que a encontrou deixada em um pacote em uma estação de trem. Durante a guerra, essa família a adotou e a chamou de Zoshia Zavatski.

Após o fim da guerra, Gila foi enviada para um lar para crianças judias "perdidas", onde sua identidade real permaneceu um mistério. No entanto, sua jornada estava longe de terminar. Em 1951, ela chegou a Israel com o nome Zusia Sobetzcki e, posteriormente, adotou o nome Miriam Goldenberg quando ingressou em um internato de meninas ortodoxas. Nos anos seguintes, ela se juntou a um Kibutz e iniciou seus estudos para se tornar professora.

O destino de Gila começou a mudar quando um fotógrafo americano a descobriu e a apresentou na revista feminina israelense LaIsha. Sua crescente fama a levou a participar do concurso nacional de moda de 1960, onde conquistou o primeiro lugar e foi coroada como Na’arat Israel, que significa "A Jovem de Israel" (não Miss Israel).

Em seguida, Gila representou Israel no concurso Miss World, conquistando o segundo lugar e ganhando a oportunidade de viajar para os Estados Unidos para angariar fundos. Enquanto modelava em Nova York, ela chamou a atenção da Columbia Pictures, que ofereceu a ela um contrato de atuação.

Sob a direção de Stanley Kramer, Gila Golan iniciou sua carreira no cinema com o papel de Elsa Lutz no filme "A Nau dos Insensatos" (1965). Ela continuou a se destacar em filmes como "Flint contra o Gênio do Mal" (1966), no papel de uma princesa em um episódio do seriado "Jeannie é um gênio" (1966), " Três em um Sofá " (1966), dirigido e protagonizado por Jerry Lewis, "Agarre Como Puder Agarrar" (1967) e "O Vale de Gwangi" (1969).

Além de sua carreira em Hollywood, Gila teve sua cota de relacionamentos e casamentos, incluindo uma união com Alex Urban durante os anos 1960 e, posteriormente, com o magnata Matthew (Matty) Bernard Rosenhaus. O casal teve três filhas antes da trágica morte de Rosenhaus em 1980.

No entanto, o capítulo mais recente da vida de Gila Golan a viu se reconectar com suas raízes judaicas e se tornar profundamente envolvida na música e no canto litúrgico, ou Chazanut. Atualmente, ela reside na Flórida com seu terceiro marido e administra um negócio de investimentos.

A história de Gila Golan é um testemunho inspirador de resiliência, transformação e sucesso, de uma criança perdida nas ruas da Polônia durante a guerra a uma renomada atriz e mulher de negócios, que encontrou seu verdadeiro eu e propósito em sua jornada extraordinária.