Imagem: De amor e trevas – Amos Óz - (Reprodução)
Oz reconstrói o início do estado de Israel , em um relato fortemente autobiográfico, neste extraordinário romance, levado às telas por Natalie Portman. Entre o trágico e o destino que soa quase inexorável de seus personagens, Oz aborda com a profunda sinceridade de menino os eventos que marcaram sua vida e a vida do estado judeu, naquela Jerusalém, que mal tem tempo de comemorar a alegria da partilha da Palestina que resultará na criação do moderno Estado de Israel, pois enfrenta a fúria orquestrada de seus vizinhos árabes;
Amos Oz, nascido Amós Klausner, em Jerusalém em 1939, foi uma voz marcante na literatura e na vida política civil israelense, pelo seu envolvimento em ativismo pela Paz com os palestinos, neste livro Ganhador do Prêmio France Culture e do Prêmio Goethe ( Alemanha) ambos em 2004, retrata a trajetória de sua família envolvida na dor da depressão de sua mãe, que resultou em suicídio e sua partida do lar paterno para a vida em um Kibutz. O romance recebeu ainda o Prémio de Literatura do jornal alemão Die Welt e a narrativa fluida, numa algo agridoce, com uma poesia subjacente que nos permite acompanhar a trajetória de luz e sombras dos personagens. Oz teve uma carreira prestigiada, tendo em 1992, recebido o Prémio de Frankfurt pela Paz, e o Prémio Israel, o Prémio Femina em França 2004. Amos Oz, faleceu em 2018, aos 79 anos.
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