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Parashá Chukat

Sidrá 39 da Torá. Sidrá 6 do Sefer Bamidbar. Entre Pessukim Números 19:1-22:1 e Haftará em Juízes 11:1-33

 

A palavra "Chukat" em hebraico significa "estatuto" ou "ordenança".

 

A Parashá Chukat começa com o Eterno falando com Moshê Rabenue Aaron sobre os estatutos da Torá a  serem transmitidos aos Benei Israel.  Um decreto (Chukat Hatorá) inusitado que consiste em um cumprimento que não conseguimos compreender o propósito – Pará Adumá (a vaca vermelha), cujas cinzas eram para purificar os que se contaminavam ao entrar em contato com um falecido.

 

Saltamos 38 anos na história para o relato sobre o que ocorreu antes do povo entrar em Eretz Israel. Miriam falece e o povo fica sem água, pois o poço existia por mérito dela.

 

O Eterno ordena a Moshê e a Aharon que falem com uma rocha para produzir água de forma instantânea. Entretanto, Moshê golpeia a rocha com seu cajado e o Eterno diz aos líderes que não entrarão na Terra Prometida.

 

O povo judeu teve que fazer um rota mais longa porque o rei de Edom não permitiu ir pelo caminho mais curto. Aharon falece, sendo sepultado no Monte Hor e o seu filho Elazar assume como Sumo Sacerdote

 

 

Reflexão sobre a Parashá

 

A porção inicia-se com “D’s falou a Moshê e a Aharon, dizendo: Este é o decreto da Torá…

 

As nações zombam de Israel. Qual é o propósito do mandamento?  A razão é que o termo “decreto” foi empregado para mostrar que  é um estatuto Divino e que não se pode questionar, segundo Rashi (o maior comentarista da Torá) . O mandamento da vaca vermelha não possui um motivo ou explicação aparente.

 

Entre os 613 mandamentos da Torá existem três categorias:

 

1 – Os que têm significado lógico, como “não roubar”, “honrar aos pais”.

2 – Os que têm uma ação ritual religiosa, como respeitar o Shabat, ouvir o toque do Shofar.

3 – E os que são, simplesmente, decretos do Eterno, sem explicação aparente.

 

Neste terceiro item, implica o preceito, no início da parashá, que consistia no sacrifício de uma vaca totalmente vermelha, intacta, que não tivesse sido usada para nenhum outro fim, para incinerar e utilizar suas cinzas para a purificação das pessoas que tiveram contato ou aproximação com um corpo humano sem vida – essas pessoas eram proibidas de entrar no Santuário nos tempos do Beit Hamikdash e tampouco tocar as coisas sagradas antes da purificação.

 

Por causa das regras tão rígidas, era muito difícil encontrar este animal. Assim, está escrito na Mishná que, desde a primeira vaca vermelha, somente 8 a mais foram sacrificadas. Para alguns sábios é um enigma, a ponto do próprio Shlomo Hamélech admitir desconhecer o significado. Outros sábios apresentaram algumas explicações. No Midrash, há um relato que o Eterno determinou isso para que o povo pudesse expiar e redimir-se do pecado do bezerro de ouro, e explicou através da seguinte alegoria: um garoto sujou o maravilhoso piso do palácio real. Então o rei, ao ter conhecimento sobre o ocorrido, ordenou: que sua mãe venha e limpe o que você sujou. Da mesma forma, a vaca… conserta o dano que o bezerro causou.

 

Entretanto, nenhuma explicação consegue desbravar o segredo dessa lei e seus enigmas. É por esta razão o título: “Este é o decreto da lei da Torá...”

 

A parashá Chukat oferece várias lições e reflexões importantes, incluindo:

 

- A importância da obediência: a parashá destaca a importância de seguir os estatutos e ordenanças divinas.

- A liderança e a responsabilidade: a morte de Miriam e Aarão serve como um lembrete da responsabilidade que vem com a liderança.

 

 

Shabat Shalom Umevorach

 

Marcos Wanderley

 

Referências:

 

- Chumash

- Torá de Rashi

- Veshinantam

- Ecos do Sinai

 

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