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Parashá Ekev 

Ao lermos a Parashá Ekev, a 3ª de um extenso discurso de Moshê, temos a oportunidade de indagar e talvez concluir que a gratidão é um poderoso antídoto para a arrogância, pois são citadas inúmeras maravilhas de D’us, como a abertura do Mar Vermelho e o maná. Ainda está escrito que, se um dia, já na Terra Prometida, nos fartarmos de comida e de posses, “cuide para que seu coração não cresça em arrogância e você esqueça o Eterno seu D’us – que o libertou da terra do Egito, a casa da servidão” (Deuteronômio 8:14); “lembre-se de que é o Eterno seu D’us quem lhe dá o poder de obter riqueza, em cumprimento da aliança feita em juramento com seus pais, como ainda é o caso” (Deuteronômio 8:18).


Nos capítulos 9 e 10 encontramos as duas subidas de Moshê pelo Monte Sinai, entremeadas pelo fatídico episódio do bezerro de ouro. Aqui vale ressaltar que Moshê relata que reza a D’us para que este não aniquile o seu próprio povo (9:26).


Uma terceira passagem que quero destacar tem relação com um erro de tradução que se cristalizou: enquanto em português se diz “Os 10 Mandamentos” (10:4), o original em hebraico apresenta Aseret Hadibrot, os 10 Dizeres. A lógica do original se baseia no fato de que os 10 Dizeres foram proclamados aos pés do Monte Sinai, a todo o povo, na maior revelação coletiva de nossa história. Mas não é ousadia pensarmos também que o 1º mandamento não é exatamente um mandamento: “Eu sou o vosso D’us que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão”. Teríamos, então, 9 mandamentos.


Entretanto, resolvi ser advogado de defesa da tradução. Se pensarmos que essa frase clama por um verbo, este poderia ser “reconheça”. Com esse acréscimo no plano das ideias, faça então um exercício: releia os 10 e talvez os entenda como mandamentos. O 1º pode ficar ainda mais forte como antídoto da idolatria — esta que se apresenta em múltiplas formas… de servidão.


Shabat Shalom, Beto Barzilay

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