Samuel Kilsztajn, neste seu Yiddish (Scortecci Editora, 2022, 136p), talvez inspirado pelas memórias de infância em sua casa e no Bom Retiro em São Paulo, nos dá um resumo da trajetória desta língua quase morta pelos nazistas, sendo a língua utilizada pelas comunidades Ashkenazim há aproximadamente mil anos, quando cerca de 2\3 de seus falantes pereceram na Barbárie da Shoá.
O Livro, ainda traz texto de alguns dos principais autores yiddish, traduzidos pelo autor, recuperando memórias de sua infância e juventude, sobretudo no quase período “ Dos Yngele mitn ringele” (O menino com o anel), sua história infantil predileta, mas de que teve que fazer uma extensa busca para encontrar.
O Yiddish é uma língua germânica (nasceu a partir do alemão medieval pelos judeus Ashkenazim), cujo nome significa “ judaico”, é escrita com caracteres do alfabeto judaico, com cerca de 70% de seu vocabulário de origem alemã, cerca de 20% do hebraico, 5% do aramaico e o restante 5% de línguas eslavas, porém com estrutura gramatical do alemão, influenciado pelas línguas eslavas. Atualmente falado sobretudo em comunidades ultraortodoxas, vem ganhando fôlego renovado e em um dos idiomas oficiais da Suécia, desde 2009.
Segundo o Yivo - Institute for Jewish Research, estima-se que 10,690,000 falavam Yiddish em 1940, sendo 6 milhões na Europa, atualmente estima-se que haja cerca de 500 mil falantes do idioma atualmente e em 1978, Isaac B. Singer, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura por seu trabalho literário neste belo idioma.
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¹ Informações encontradas em ” Colloquial Yiddish”,1st Edition, Lily Kahn, 2012, Ed Routledge.
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